Seis estudantes de arqueologia da FLUP mais uma de Coimbra estiveram no passado sábado, depois das IV Jornadas Raianas, em Siega Verde, onde, devido ao adiantado da hora de chegada, só puderam ver os painéis de 1 a 5 desta estação de arte rupestre paleolítica. O guia Carlos Vazquez foi o nosso excelente cicerone e este acolhimento, que se estende também à coordenadora do sítio, não podia ficar em claro, pelo que lhe enviei um mail de agradecimento, de que tive esta resposta:
Buenas Noches. Muchas gracias y yo soy el primero en alegrarme porque os haya gustado la visita que hicisteis el Sábado.Me encantaría que me enviarais alguna de las fotos que hicisteis. Me gusta guardar aquellas en las que los grupos se muestran atentos (como estuvisteis vosotros) e interesados. Os lo agradecería. Espero que nos volvamos a ver en Siega Verde.Estaré atento a vuestro Blog.Un saludo para usted y sus compañeros.(y gracias por las palabras que aprendí en portugués)Carlos.
Do pouco que vimos ficou muita vontade de ali voltar, talvez quando Siega Verde já esteja classificada, como merece, como património da humanidade. A expectativa é alta e o relatório de Martino Baptista e de J. Clottes parece ser altamente favorável. A cerca de 80 quilómetros do Côa, distância que um paleolítico com o pulmão do Carlos Lopes podia percorrer num dia, Siega Verde tem muito a ver com as "nossas" gravuras, embora provavelmente a sua antiguidade não ultrapasse os 18000 BP. Como se sabe, Siega Verde foi descoberta um ano antes do Côa, durante uma prospecção que nada tinha a ver com o assunto. Um dos habitantes é que acabou por assinalar a existência de um painel, por acaso na horizontal, junto ao rio Águeda. Já em plena meseta, Siega Verde localiza-se no curso médio-alto do rio Águeda (afluente do Douro) numa zona geológica dominada por uma mancha xistosa. Quase todos os painéis, excepto um, estão na margem esquerda. Há para ver 443 figuras rupestres paleolíticas, sendo 244 animalistas, com a técnica de picotagem indirecta a dominar (72% do total).
Sem comentários:
Enviar um comentário