segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
RE-CONSTRUÇÕES
sábado, 28 de novembro de 2009
ALMENDRES RADICAL
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
UMA AULA DIFERENTE
OS VASCONCELOS
Ora nem mais.
domingo, 22 de novembro de 2009
FÁBRICA DE VIDRO DO COVO
Imagens da antiga fábrica de vidro do Covo, tema da workshop que se realizou no passado fim de semana em Oliveira de Azeméis. A fábrica começou a funcionar no século XVI e foi abandonada nos anos 20 do século XX. Pondera-se agora uma intervenção arqueológica, depois de realizada a prospecção geofísica (com resultados promissores também em alguns sondagens feitas). Não foi tempo perdido. Pelo contrário. Sobretudo quando tivemos oportunidade de apreciar a paixão que um operário sente pelo trabalho do vidro, nos momentos finais.
sábado, 21 de novembro de 2009
ARQUEOLOGIA PROIBIDA
Quanto mais não seja, é divertido!
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
NA CAMINHA É QUE É BOM
Os arqueólogos do Município preparam agora uma intervenção que permite colocar a descoberto toda a estrutura, procedendo ao seu registo, de forma a efectuar a correcta avaliação patrimonial do achado em termos históricos e arqueológicos. Só depois destes trabalhos é que a Câmara vai avaliar a situação e saber se pode ou não continuar com o projecto inicialmente previsto.
Neste momento está a proceder-se à construção de muros de contenção na parte da Estrada e do antigo Edifício da Delegação Escolar.
Recorde-se que as obras para a construção dos Parques de Estacionamento Sidónio Pais, parte integrante do “Renovar Caminha” vão custar 446.853,89 euros, e vão criar 170 novos lugares de estacionamento.
E AGORA POR GEORADAR
Com Abílio Cavalheiro conduzindo as operações no picadeiro interior.
PROSPECÇÃO GEOMAGNÉTICA
Hoje, em Oliveira de Azeméis, uma interessante "delegação" de alunos de arqueologia da FLUP teve o privilégio de assistir à apresentação dos trabalhos de prospecção geofísica realizados na antiga fábrica de vidro do Covo com o objectivo - que parece conseguido, mas ainda não foi confirmado...- de encontrar os dois fornos da importante unidade de fabrico de vidro desactivada no início do século XX. Fernando Rocha Almeida - que podem ver no vídeo a explicar como, no terreno, se faz prospecção geomagnética - e Abílio Cavalheiro nem sempre se entenderam mas as lições que deram, no auditório e no campo, foram grandes momentos de aprendizagem, embora, claro, por vezes tivessem usado aqueles símbolos a que alguns chamam matemática e que nos fazem sempre supor que a nossa ignorância é esmagadora. E amanhã há mais workshop...
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
UMA ÚNICA PALAVRA
Profs. Byron Mcane e Israel Knohl © Hoggard Films/Catherine Yrisarri
Um achado invulgar ou simples fraude?
Ha coisas que, mesmo não estando relacionadas com Portugal, possuem algum interesse. É o caso de um novo documentário produzido pela National Geographic, que infelizmente ainda não parece estar inserido na programação do canal português. De momento o assunto está disponível no site da National Geographic http://channel.nationalgeographic.com/series/expedition-week/4290/Overview#tab-Overview. Trata-se de uma situação curiosa. Foi encontrada há cerca de 10 anos uma estela num mercado de antiguidades. Possui 87 linhas de texto em hebreu. Encontra-se agora guardada em Israel. Foi datada como sendo do séc. I a.C. e foi designada Pedra de Jeselshon. A sua leitura está a gerar uma grande controvérsia, especialmente no que respeita à leitura de uma única palavra, bastante apagada (há quem dia ser impossível ler). Até agora nunca foi seriamente estudada. Porém, uma inspeção recente gerou um certo alvoroço. Primeiro porque se trata de uma combinação invulgar. Em vez do vulgar pergaminho ou epígrafe, trata-se de uma estela em que a escrita foi feita com tinta e não por gravação. A leitura torna-se assim dificil, sendo que muita da escrita se encontra apagada. Em segundo pelo seu conteúdo. Muito do texto é sobre a visão do apocalipse transmitida pelo anjo Gabriel. Por volta da linha 80 o Dr. Israel Knohl leu algo bastante interessante. Se traduzido correctamente, o texto menciona um homem, Simão de Peraea, homem que se intitulou rei e redentor de Israel. Liderou revoltas contra Herodes e os romanos. Por volta de 4 a.C. Simão incendiou um dos palácios de Herodes, sendo capturado pouco depois e executado. O seu corpo foi deixado por enterrar, sendo o maior sinal de humilhação no meio judaico desta altura. É após esta leitura que a situação se complica. Segundo a leitura do Dr. Knohl, a pedra (que se encontra fragmentada) anuncia a ressurreição, três dias depois, do "messias" Simão. A História torna-se agora familiar. Anos antes do nascimento de Jesus, uma história semelhante à sua circulava, exactamente na mesma região. As opiniões sobre a veracidade da pedra obviamente divergem. Além disso, a leitura é ambígua. Porém, se comprovado, segundo Israel Knohl poderá fornecer o elo que falta entre judaísmo e cristianismo, mostrando que a situação pela que Jesus passou não era única. Resta agora comprovar a veracidade do achado, a confirmação da existencia de Simão (provavelmente pela escavação do palácio incendeado) e a confirmação da leitura. Esta história vem no seguimento quase oportuno de outras teorias recentemente apresentadas como a do Testamento secreto de Judas (também apresentado ao grande publico pela National Geographic). De qualquer forma acaba por se tornar num bom programa de fim de semana.
Este texto foi escrito com base no artigo disposto pelo site da National Geographic.
SOCIOLOGICUS
http://suciologicus.blogspot.com/
Blogue dos nossos colegas de sociologia. Muito interessante e um importante auxiliar de estudo. Até sebentas ali estão editadas...
O CÉU PODE ESPERAR
domingo, 15 de novembro de 2009
CASTANHEIRO DO VENTO, 2009
TESE DE MESTRADO
Este tema será sem dúvida do maior interesse para todos os futuros arqueólogos e demais pessoas interessadas no assunto. Por isso, reservem esse dia para enriquecer um pouco mais o conhecimento....
sábado, 14 de novembro de 2009
Santa Cruz
Ao falar de Santa Cruz não estamos, neste caso, a falar de uma terra, nem mesmo de uma caravela. Este Santa Cruz é bem mais recente e possui um motor Rolls-Royce e literalmente "carradas" de rebites em aço. Refiro-me ao famoso Hidro-Avião de Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Trata-se do modelo Fairey III D MK. 2 do qual o unico exemplar sobrevivente é exctamente o "Santa Cruz". Visto de perto, para um avião com cerca de 70 anos possui um aspecto imponente.
A Aeronave
O Modelo Fairey foi desenvolvido e produzido pela Fairey Aviation, uma companhia Britânica, o primeiro exemplar, o Fairey IIIA e voou pela primeira vez em 1918. Foi encomendado pela Marinha Portuguesa para o lançamento de torpedos a partir do ar. Entre os exemplares encomendados chegou o "Lusitânia", o primeiro Fairey encomendado por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Este possuía algumas alterações como a possibilidade de transportar os tripulantes lado a lado, uma maior envergadura e maior alcance.
Santa Cruz, Museu da Marinha
Assim o modelo recebe o nome de F-400 Transatlantic. Chega a Portugal em Janeiro de 1922, mesmo a tempo de em Março levantar voo com os dois "pioneiros". Infelizmente o primeiro Modelo sofreria de complicações ao chegar perto da Costa Brasileira, despenhando-se nas de S. Pedro. Foi encomendado um outro F-400, mas tambem este acabou inutilizado. Eis que finalmente chega o "Santa Cruz", um F-402, também um modelo IIID. A Marinha encomendaria outros exemplares até que serem "retirados de serviço" em 1930.
Lusitânia a sair da barra do Tejo
O Fairey provou ao longo dos anos que serviu, ser um aparelho fiável permanecendo em uso em vários países, incluindo Portugal e Austrália. Tornou-se o aparelho mais famoso saído da Fairey Aviation, com um pequeno empurrão dos nossos aventureiros, que executaram a primeira travessia do Atlântico Sul, em 1922. Lindberg so voaria pelo Atlantico Norte em 1927, num avião com o cocpit fechado (enquanto o Fairey pouco protegia os tripulantes das intemperies). Para quem não poder visitar o "verdadeiro" pode sempre ver a réplica em tamanho real e em aço junto da torre de Belem .
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
VIAGENS LOW COST
http://www.unesco.org/es/nhk-video/
Pequenos vídeos no site da Unesco dedicado ao património mundial. Um pequeno "regalo".
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
MENIR DE ALMENDRES
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
CROMELEQUES
FIM DO FORUM ARQUEOLOGIA....
É DE LAMENTAR QUE O FORUM ARQUEOLOGIA, UM DO PRINCIPAIS DIVULGADORES DA ARQUEOLOGIA ON-LINE TENHA CHEGADO AO FIM DOS SEUS DIAS....
AQUI FICA UMA PALAVRA DE APOIO PARA TODOS AQUELES QUE FIZERAM DAQUELE LOCAL UM LUGAR DE GRANDE ACTIVIDADE ARQUEOLÓGICA.
UM ESPECIAL ABRAÇO AOS SEUS FUNDADORES E COLABORADORES PELO GRANDE TRABALHO DESENVOLVIDO DURANTE ESTES ANOS.
G.A.P - GRUPO DE ARQUEOLOGIA DO PORTO.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
ARQUITECTURAS...
sábado, 7 de novembro de 2009
CASTELO VELHO
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
NA ROTA DO MEGALITISMO
Terça-feira vou a Évora e a Reguengos recolher imagens para um trabalho deste semestre sobre menires e cromeleques. Se alguém quiser vir, há um lugar no banco de trás de um Audi com 210 mil kms. O roteiro prevê passagens pelos cromeleques de Almendres e Xarex, com um saltinho ao menir do Outeiro.
http://crookscape.blogspot.com/
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
É AQUI PERTO
Biblioteca Municipal Ferreira de Castro
2o e 21 de Novembro de 2009
A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e a Associação Profissional de Arqueólogos organizam um workshop intitulado Prospecção Geofísica e Arqueologia: a Fábrica de Vidro do Covo, que decorrerá no Auditório da Biblioteca Municipal Ferreira de Castro, em Oliveira de Azeméis, nos próximos dias 20 e 21 de Novembro de 2009. Esta iniciativa, que conta, ainda, com os apoios da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e da Universidade de Aveiro, focará dois temas centrais de interesse para todos quantos se interessam pela aplicação das técnicas de prospecção geofísica em Arqueologia e pela Arqueologia Industrial:
•As técnicas de prospecção do subsolo não destrutivaso aplicáveis à Arqueologia
Objectivos:
■Apresentar as técnicas de prospecção geofísica aplicáveis na detecção de sítios arqueológicos;
■Discutir as metodologias aplicáveis na elaboração de uma campanha de prospecção geofísica;
■Analisar a relação de complementaridade entre os sistemas de informação geográfica e cartográfica, a prospecção geofísica e a investigação arqueológica;
■Apresentar os resultados da campanha de prospecção geofísica na Quinta do Côvo.
•A História e património da indústria vidreira
Objectivos:
■Discutir a História da indústria vidreira em Portugal;
■Reflectir sobre o papel da investigação arqueológica na compreensão das tecnologias de fabrico do vidro;
■Avaliar a importância do património industrial vidreiro na memória colectiva.
Este workshop tem como destinatários principais os arqueólogos, os estudantes de Arqueologia, os engenheiros do campo das Geociências e os estudantes da mesma área. Dado o tema que lhe serve de base o workshop destina-se ainda aos interessados na preservação do património industrial, e na tecnologia de fabrico do vidro. A última sessão destina-se ao público em geral, nomeadamente aos oliveirenses, embora também possa interessar a uma parte do público que estará presente nas outras sessões.
A inscrição custa 20 €. E pode ser feita aqui:
http://www.aparqueologos.org/geofisica.php
Proposta de Leitura: O Património Genético Português
Luísa Pereira; Filipa M. Ribeiro
A história humana preservada nos genes.
Quem somos, afinal?
Combinando contributos de áreas tão diferentes como a genética, a arqueologia, a antropologia, a história e até a climatologia, este livro oferece uma visão multifacetada de uma memória que deixamos impressa neste mundo: seja pelos genes, pelas viagens, pelas relações interpessoais ou por um pouco de tudo isto. Cada homem, na sua especificidade genética, tem um significado evolutivo. E não se pode compreender a evolução sem compreender a variação.
Fruto de um trabalho de investigação científica, a presente obra inova pela sua interdisciplinaridade, acessibilidade, complementaridade e pelo seu conteúdo de referência para quem trabalha em evolução humana. O leitor é acompanhado ao longo de uma aventura de múltiplas facetas, explorando muitas perspectivas dos recentes avanços no conhecimento quanto às origens e migrações humanas no passado, focando uma temática que nunca havia sido tratada em livro: o património genético português.
+/- 15,oo€
Numa recente entrevista ao semanário "Grande Porto", a autora afirma que 11 por cento da população do Sul de Portugal (Alentejo e Algarve) apresenta uma linhagem genética de origem africana, valor que desce para 6% na região centro e para 3% no Norte.
Proposta de leitura: Os Celtas - Da Idade do Bronze aos Nossos Dias
+/-19,90€
Proposta de Leitura: LAPEDO – UMA CRIANÇA NO VALE
João Aguiar
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
REVISTA OPPIDUM
A apresentação do actual volume, que terá lugar no próximo dia 6 de Novembro (6ª feira) de 2009, pelas 21.30h, na Biblioteca Municipal de Lousada, estará a cargo do Dr. António Silva, Arqueólogo do GAU (Gabinete de Arqueologia Urbana da Câmara Municipal do Porto).
No mesmo dia, e dando seguimento à política de divulgação editorial da autarquia na área da Arqueologia e do Património, será disponibilizada no sítio da Câmara Municipal de Lousada, em http://www.cm-lousada.pt/VSD/Lousada/vPT/Publica/O+Concelho/PublicacoesMunicipais/ a versão integral do segundo número da revista OPPIDUM, editado em Novembro de 2007 (ano 2 - n.º 2 - 2007).
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Museu do Côa vai abrir no Outono
O ministro só não sabe ao certo quando a porta do museu se abrirá ao público, mas estima que possa ser inaugurado em "finais de Setembro ou princípios de Outubro", até porque "muito brevemente deve estar tudo pronto do ponto de vista físico". Uma certeza parece ter: "Julgo que não abrirá antes das eleições [Legislativas]. Abrirá quando estiver pronto".
Neste momento, toda as atenções se centram no modelo de gestão que permita delinear o funcionamento de uma estrutura que custou 17,5 milhões de euros. Durante os primeiros tempos o espaço deverá ser gerido pelo IGESPAR, mas José Pinto Ribeiro diz que espera "conseguir consensualizar uma solução até ao final de Outubro". O modelo poderá passar por reunir numa sociedade anónima os dez concelhos que integram a Associação de Municípios do Vale do Côa, agentes económicos privados e organismos do Estado. "As percentagens de participação são variáveis".
O ministro espera que aquela estrutura museológica seja "um instrumento de cativação de pessoas, mas, sobretudo, que lhes explique porque é importante do ponto de vista da memória e da identidade". O presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa espera mais. Emílio Mesquita deseja que seja um motor de desenvolvimento da região. Enumerou ao ministro os 70 projectos que vão ser apoiados pelo programa Provere, salientando que "todos eles giram em volta das gravuras do Côa". E que "é preciso dar confiança a quem vai investir na região". No fundo é uma segunda oportunidade para o Côa depois das expectativas iniciais não se terem concretizado.
ANTÓNIO SÁ COIXÃO
O arqueólogo do terreno, que tem calos nas mãos e não limpa as unhas antes de atacar a boroa.
Ei-lo.
O chefe da campanha (no caso, Vale do Mouro) filando o estudante que fuma o segundo cigarro seguido enquanto namora o colherim.
Ei-lo.
O homem que ama a sua terra (Freixo de Numão) e que namora com todas as terras à volta, escavando-as até ao tutano.
Ei-lo.
É António Sá Coixão.
A sua clonagem impõe-se. Portugal inteiro passaria a respeitar e a estudar o seu património. Estudantes de arqueologia teriam finalmente uma escola de campo em permanência, como têm no Verão quando recebem da ACDR cama e mesa, que a roupa lavada é com cada um e não é coisa que se peça a quem mete as mãos na terra todos os dias (e porventura em outras coisas também telúricas).
Ei-lo.
Um homem que mostra que o país não acaba quando o mar deixa de se cheirar.
Um homem que estuda e que labuta.
Um rústico de saber feito e experiência provada.
Um arqueólogo que prospecta, escava e publica (não é para todos...).
Um nosso amigo.
Que devemos estimar.
Na parte que me toca, obrigado. Pagava para voltar a escavar com a malta de Freixo de Numão e também para voltar a beber umas cervejas com o Beto, o João Piruletas e toda a super-equipa da pá e picareta.
domingo, 1 de novembro de 2009
PONTAPÉ DE SAÍDA
NA SENDA DA DIVINDADE
II – PERSONAGENS DO LIVRO
Descrição que Alice faz de si mesma: “Sendo eu apátrida e solitária, pouco mais possuo para além da minha razão e da minha origem semita, em virtude da qual já dobrei os joelhos na poeira dos caminhos, suportando ameaças, opiniões e nomes”. Descrição de Eurípedes (efectuada por Alice): “É Eurípedes, um bom ser humano, acintoso embora, que conheci em tempos neste mesmo local. Surgiu-me, por entre a neblina, deslumbrante, alto e direito, barba fina e cumprida, de rosto escaveirado, pele ressequida, olhos cavados fundo nas órbitas, de onde brota uma esperança desmedida nas crianças deste mundo e na Organização das Nações Unidas”. Descrição que Gabriel faz de si próprio: “Sinto muitas vezes que me restam tão-só uns anos pela frente, porventura poucos, muito poucos. Sem esposa, sem filhos, sem fortuna pessoal, nada mais me resta senão aguardar pelo fim. E aguardarei com a firmeza de quem, em vida, cumpriu os seus deveres sem olhar a resultados. Sou, tanto quanto se pode ser, um homem honesto”. Descrição que António faz de si mesmo: “Sendo eu um velho professor de aldeia, sem alunos nem ouvintes, pobre e filho de pobres, desde a mocidade habituado à dor e ao sacrifício, de muito pouco necessito para me sentir feliz. Tirem-me, porém, a divindade, e sentir-me-ei sem nada!”.
III – FILÓSOFOS EM CONFRONTO
Face às posições antagónicas que Alice, Gabriel e António manifestam relativamente à existência de Deus, são colocadas em confronto ideias de consagrados filósofos, entre os quais os seguintes: Anselmo, Tomás de Aquino e Hegel, citados por António (teísta); Marx, Engels e Feuerbach, citados por Gabriel (ateísta); Kant, Hume e Huxley, citados por Alice (agnóstica).