sábado, 31 de outubro de 2009
Cruzador orgulhoso e.....abatido
Cruzador D. Carlos I (Almirante Reis após 1910)
Quem lê sobre combates náuticos da época contemporânea não pode deixar de ouvir falar dos Cruzadores. Estas embarcações de alto mar foram desenhadas para serem mais protegidas que as Fragatas e operariam isoladas de uma esquadra. Começam por surgir quando é adoptado o vapor como meio de locomoção (aparecendo ainda no início com um misto de velas e caldeiras). Ao longo do século XIX vão sendo armados com artilharia mais e mais avançada. É durante o apogeu do seu "tipo" de navio que surge o cruzador couraçado D. Carlos I. O seu lançamento dá-se em 1898 e entra em serviço no ano seguinte. Torna-se um exemplar interessante pois é o primeiro navio da marinha portuguesa a possuir comunicação sem fios. Na altura do seu lançamento era o mais poderoso cruzador protegido do mundo! Noutro plano era talvez tão tecnologicamente avançado para a época como é para nós agora o USS Nimitz.
Estava armado com:
- 5 peças Armstrong mod. 1895 cal. 152mm
- 8 peças de cal. 120mm
- 14 metralhadoras Hotchkiss mod. 1886 cal. 44mm
- 2 metralhadoras cal. 37mm
- 3 metralhadoras 6,5mm
- 5 tubos lança-torpedos
A sua "vida" pouco reflectiu a sua grande qualidade. A sua manutenção era descuidada (as caldeiras precisavam de substituição). O seu final foi triste. A instabilidade financeira trazida pela implantação da República não permitiu investimentos no navio. Finalmente, em 1925, é rebocado até a Holanda onde é desmantelado (ou abatido, conforme o termo que preferirem).
O aspecto da embarcação era grandioso. Com o casco pintado de preto, chaminés em "bronze" e a rematar, na sua proa, exibia-se o escudo de armas português, em cores de dourado. Seria, se ainda existisse, uma excelente peça de conservação, à semelhança de muitas naus ainda mais antigas, mas que se exibia como testemunho do impacto da industrialização na Marinha.
Publicado por André Serdoura
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
MITOLOGIA NÓRDICA
"Valquíria Valhalladur é escritora, autora do livro “As Moradas Secretas de Odin”, publicado pela Madras Editora do Brasil, sendo também jornalista no âmbito desportivo. Descobriu a Tradição Nórdica através das Runas e desde logo iniciou investigações esotéricas neste dominio, recorrendo às obras de reputados runólogos ingleses e americanos. Face à inexistência de informação credível em português e ao facto de se tratar de um tema emergente, entendeu ser a hora de partilhar o seu conhecimento. Participou nas workshops ministradas por Paul Uccusic, director europeu do Shamanic Studies Foundation, experiência que ainda desenvolve e que a ajudou na compreensão das raízes da religiosidade dos antigos povos germanos."
A RELAÇÃO DA ARQUEOLOGIA COM DEUS
DIA 2 DE NOVEMBRO 15H, SALA DE REUNIÕES PISO2 DA FLUP.
CONFERÊNCIA COM FRANCISCO DE ALMEIDA GARRETT.
MAIS INFORMAÇÕES EM GRUPODEARQUEOLOGIADOPORTO@HOTMAIL.COM
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
EXPLORANDO SIEGA VERDE (e não só)
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Ateliê "Pão de Bolota" na Exposição "O Rio da Memória"
Para aqueles que simplesmente não terão grande coisa para fazer amanhã de tarde aqui fica uma dica:
Decorrerá um Ateliê "Pão de Bolota" na Exposição "O Rio da Memória" no dia 28 de Outubro de 2009 na Galeria Nave dos Paços do Concelho de Matosinhos.
A realização segundo as técnicas utilizadas na Idade do Ferro está enquadrado nas iniciativas paralelas da exposição "O Rio da Memória" e decorrerá pelas 15h00.
Espero que se divirtam :)
VAI DE MOTA
Eis a primeira reconstituição, necessariamente criativa embora baseada em exemplos estudados, da mota de Perafita ou, se quiserem, de Adaufi. Trata-se da primeira estrutura deste género encontrada em Portugal e tem, por isso, uma importância enorme. Há muito tempo que o professor Mário Barroca andava à procura desta mota mas finalmente ela parece ter sido encontrado. Tudo indica que se encontra junto a um bairro social da freguesia de Perafita, a oriente do saída do IC1 para o aeroporto (sentido Sul-Norte), num terreno onde é visível a mamoa que a identifica. Falta agora o mais importante: confirmar a descoberta e proceder aos trabalhos arqueológicos. Para breve está marcada uma visita ao local dentro do programa da exposição "Leça - o Rio da Memória". Desta mota há notícia, segunda Barroca, num documento de 1038, onde surge com o nome de mamoa de Adaúfi ou Monte Belo. As primeiras notícias de motas surgem sobre a viragem do primeiro para o segundo milénio, no auge da feudalização, sendo um fenómeno corrente no vale do Loire e no vale do Reno. Mais baratas que um castelo e mais fáceis de construir, foram também solução adoptada na Grã-Bretanha, onde surgem referências em 1066. Há notícias de motas até 1154. Trata-se de um monte artificial com um fosso à volta, com uma paliçada de madeira e muitas vezes com páteo. Localizavam-se nem sempre em montes elevados mas sobretudo em zonas estratégicas (portelas, por exemplo). Neste caso de Adaúfi estaremos perante uma estrutura que podia proteger o abastado proprietário e os seus trabalhadores de ataques vindo da orla costeira, bem próxima. Nem todas as motas eram estruturas militares e uma delas foi identificada em Ponte de Lima, funcionando como levada de água.
1º Sessão do Grupo de Arqueologia do Porto
O GAP aposta na cultura e "empregabilidade"
Foram muitos os alunos de Arqueologia e História que assistiram na passada quinta-feira à apresentação do Grupo de Arqueologia do Porto, no Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Os responsáveis pelo GAP afiançam que a aposta do grupo, em sintonia com história, será a de aumentar a cultura e o currículo com vista a futuros empregos nestas áreas.
Nesse sentido, no decorrer da sessão foram apresentados dois blogues que concentram um vasto leque de informação sobretudo ao nível arqueológico bem como um calendário de actividades para o ano lectivo 2009/2010.
João Madureira, fundador do GAP, relaciona o aparecimento do movimento com a falta de iniciativas na área.
“Pretendemos que este Grupo se afirme principalmente para obter uma dinamização do norte de Portugal para estas duas áreas”, concluiu.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
E AGORA...
SIEGA VERDE
XAMANISMO
O CASTELO DO SABUGAL
Castelo de cinco quinas
Na no há em Portugal
Sendo ó cimo da Coa
Na vila do Sabugal
O castelo está muito bem conservado e tem no seu "miolo" um auditório ao ar livre com uma acústica surpreendente. Passar a sua porta é sempre um momento impressivo. Quem a ele acede pela porta principal, defendida pela possante torre de menagem, não tem a mínima noção da potência das muralhas de um castelo que nem foi construído no ponto mais alto do Sabugal e que se impõe por si mesmo.
domingo, 25 de outubro de 2009
SABUGAL (4)
SABUGAL (3)
sábado, 24 de outubro de 2009
NOTÍCIAS
Nau Portuguesa
Faz parte da tiragem de Outubro de 2009 da National Geographic um artigo sobre a recentemente descoberta (Abril de 2008) nau portuguesa na costa da Namibia. A descoberta foi feita no Parque Nacional Sparregebeit, a cerca de 400km de Windhoek (capital) por um geólogo da empresa NAMDEB de exploração de diamantes, numa mina a céu aberto. A escavação decorreu de uma parceria entre arqueólogos portugueses e namibianos. Relacionados com o projecto estiveram Francisco Alves (Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico do Ministério da Cultura, Filipe Vieira de Castro (coordenador do programa de Arqueologia Náutica da universidade do Texas A&M) Bruno Werz (Director do Instituto de Arqueologia Náutica da Africa Austral) Dieter Noli (Arqueologo responsável da NAMDEB). Começou pela descoberta de um lingote de cobre com um selo em tridente reconhecido como o de Anton Fugger (homem das finanças renascentista). O tipo de lingote era utilizado na compra de especiarias da India. Não era o único. Saíram do solo 22 toneladas de lingotes de cobre. A estes juntam-se canhões, espadas, vários astrolábios e muito ouro (moedas portuguesas, espanholas, venezianas e mesmo islâmicas, numismas que se descobrem uma vez na vida. A nau descoberta veio a ser indentificada como sendo, provavelmente, a Bom Jesus. Isto é justificado pela datação das moedas achadas. Os «portugueses» encontrados foram cunhados principalmente entre 1525 e 1538 (do tempo de D. João III), moedas que desapareceram de circulação, sendo fundidas. As moedas encontradas parecem estar em bom estado, "novas em folha" segundo o artigo. Isto aliado a algumas referências da época, em que é referida uma frota de caminho da India que perdeu uma nau, devido a uma tempestade perto do Cabo da Boa Esperança faz com que o nome a atribuir seja a de Bom Jesus, naufragada em 1533. Este é um bom exemplo de cooperação entre países com História em comum, onde é aplicado uma área da arqueologia pouco divulgada em Portugal: a náutica e subaquática. O artigo, escrito por Roff Smith (e fotografia de Amy Toensing) está publicado na edição de Outubro, 2009 na National Geografic Portugal na página 56 e pode ser consultado na página http://www.nationalgeographic.pt/articulo.jsp?id=2013814
ANDRÉ SERDOURA
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
SABUGAL (2)
PS - Em breve estará disponível síntese sobre quase todas as intervenções. Faltarão algumas porque entretanto impunha-se visitar o fantástico castelo das cinco quinas do Sabugal e, claro, a noite de sexta para sábado no bar "Osiris" também acabou por estragar os nossos planos quanto à actualização da temática relativa às IV Jornadas Raianas. Sobre este assunto posso garantir que não houve baixas a assinalar e que ainda deu para, hoje à tarde, um grupo de 7 estudantes, quase todos da FLUP, viajar até Siega Verde. Do que se dará também aqui relato.
SABUGAL ON LINE
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
MARAVILHAS GEOLÓGICAS
in http://www.cienciahoje.pt/
http://geologia.fc.ul.pt/Aulas/GeolSoc3/JFMonteiro-MET-TXT.pdf
COMEÇOU A ROLAR
terça-feira, 20 de outubro de 2009
G.A.P
DIA 22 DE OUTUBRO QUINTA-FEIRA àS 15H NO ANFITEATRO NOBRE DA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO.
APRESENTAÇÃO DO GRUPO E CALENDÁRIO DE ACTIVIDADES 2009/2010.
CONTAMOS COM A TUA PRESENÇA.
Carta Arqueológica do Concelho de Meda
A Meda dispõe, agora, de um instrumento de estudo, análise e cultura: a Carta Arqueológica do Concelho de Meda, elaborada pelo arqueólogo António Sá Coixão, Ana Brígida Cruz e Paulo Vaz Simão. Esta carta coloca ao dispor uma série de locais, sítios e histórias que não vão deixar ninguém indiferente.
Mais do que um livro, é um olhar pelo passado com uma perspectiva arqueológica alargado e de grande interesse cultural.
Pós-graduação em Arqueologia Subaquática 2009/2010
Prazos Candidaturas:
http://portal.ipt.pt/portal/portal/posgradArqSub
Instituto Politécnico de Tomar e
Universidade Autónoma de Lisboa
Instituto Politécnico de Tomar
Departamento de Território, Arqueologia e Património
Escola Superior de Tecnologia de Tomar Estrada da Serra, 2300 Tomar Tel. 249 328 100;
Email: alexfiga@ipt.pt
http://portal.ipt.pt/portal/portal/posgradArqSub
Centro de Investigação e Desenvolvimento do Mar da UAL
Rua de Santa Marta, 47. 5.ºandar
1169-023 Lisboa
Tel. 213177619
Email: cidmar@ual.pt ; adolfosilveira@universidade-autonoma.pt
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
DOMUS DE CRISTELOS
"A escavação desenvolveu-se até ao final do mês de Outubro com voluntários e agora decorre com a "prata da casa". Pensamos concluir os trabalhos apenas lá para Março do próximo ano.
E os dados parecem ser interessantes, aquela área onde estivemos a escavar (no talude) acabou por revelar algumas boas supresas. Um lajeado (interior/exterior?) associado a uma estrutura habitacional. Várias fossas escavadas no saibro, e uma série de derrubes que estamos a escavar, mas que presumimos estarem ligados à estrutura que estava visível no extremo Este do talude."
Como vêem, valeu a pena o trabalho que a sachola nos deu!
SIEGA VERDE
FORTE DE NOSSA SENHORA DAS NEVES
Podem ver aqui: http://oportodeleixoes.blogspot.com/2009/03/o-castelo-de-leca.html
um trabalho que fiz, o ano passado, para Arqueologia Moderna e Contemporânea, sobre o "castelo de Leça da Palmeira".
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
VIAGENS NA MINHA TERRA
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
MATOSINHOS HOJE, MATOSINHOS ONTEM
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
JORNAL CRESCENDO - STª CRUZ DO BISPO
O Grupo de Arqueologia do Porto conta já a partir do próximo mês com uma coluna sobre arqueologia no jornal paroquial crescendo de STª CRuz do Bispo - Matosinhos.
Contamos com este tipo de intervenções chegar cada vez mais perto das populações, sensibilizando as mesmas para a importância da arqueologia e património em geral.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
NA FINITUDE DO TEMPO
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
IV JORNADAS RAIANAS
Para quem quiser inscrever-se, as informações estão no site da Câmara Municipal do Sabugal. No caso de estarem interessados, há 4 lugares no meu carro para ir e voltar ao Sabugal, onde, diz o povo, "está o melhor castelo de Portugal".
E.Q.
NA SENDA DA DIVINDADE
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
O rio da memoria Arqueologia no Território do Leça
No âmbito das Jornadas Europeias de Património, a Câmara Municipal de Matosinhos inaugura no próximo dia 26 de Setembro (Sábado) pelas 18h00, na Galeria Nave dos Paços do Concelho a exposição “Rio da Memória: Arqueologia no Território do Leça”.
Esta exposição estará patente ao público até ao dia 30 de Dezembro.
Horário:
De Segunda a Sexta: 10h00 – 12h00 e 15h00 – 19h00
Sábados, Domingos e Feriados: 15h00 – 19h00
Visitas guiadas mediante marcação prévia
Informações: gmah@cm-matosinhos.pt
Ao longo de vários séculos o Rio Leça foi o traço unificador e o principal referencial identitário desta região que se estende desde o Monte Córdova até ao litoral atlântico. A bacia hidrográfica do Rio Leça constitui assim uma unidade geográfica natural que articula uma vasta área onde, desde a Antiguidade, a ocupação humana teceu uma densa rede de sítios e monumentos, que formam hoje um importante património cultural. No entanto nas últimas décadas, por diversos motivos, o Rio Leça foi perdendo o seu papel de referência desta região e tornou-se um quase obscuro curso de água praticamente desconhecido dos seus habitantes. Esta exposição pretende assim contribuir para devolver ao Rio Leça a sua importância como referência principal desta região.
Os diversos trabalhos de investigação arqueológica produzidos recentemente vieram ampliar, de forma significativa, o nosso conhecimento sobre a história desta região. A exposição “O Rio da Memória: Arqueologia no Território do Leça”, tem o objectivo de apresentar e divulgar junto dum público mais vasto e heterogéneo o património histórico-cultural desta região e a evolução do povoamento e da paisagem desde a pré-história até à Alta Idade Média.
Ao longo do período de exibição desta exposição decorrerão ainda diversas iniciativas paralelas que anunciaremos oportunamente.
In<. Archport