segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

CONTEXTOS E AMBIENTES DO I.ºMILÉNIO a.C.

Com este tema e o subtítulo "uma abordagem interdisciplinar", decorreu hoje, no museu D. Diogo de Sousa, em Braga, das 10 às 15 horas, com uma pausa para café, um interessante seminário com as caras do costume e a participação de muitos estudantes da Universidade do Minho e alguns da FLUP. A coordenação dos trabalhos coube a Ana Beteencourt e a Maria Isabel Caetano Alves. A primeira comunicação, pela prof. doutora Josefa Rey Castiñera, do departamento de História da Universidade de Santigo Compostela, proporcionou-nos uma viagem pelos fantásticos castros marítimos da Finisterra, estruturas únicas, onde o mar se afirma como horizonte e como grande barreira defensiva (cá estão dois ingredientes fenomenologicamente inconciliáveis...). João Nuno Marques, Alexandre Valinho e Sílvia Loureiro falaram a seguir dos povoados da proto-história da Beira Alta, com enfoque nos casos de Vila Cova à Coelheira e Muro. Nádia Figueira e Carla Santos, da Arqueohoje, trouxeram à liça um ex-voto de Vissaium (Viseu) e projectaram o provável povoado castrejo que existia no morro da Sé da cidade portuguesa com mais rotundas e a maior pista de gelo peninsular. João Machado foi o freguês que se seguiu com um percurso pelos balneários castrejos sem novidades especiais. António Dinis, da Universidade do Minho, falou da arte rupestre da Idade do Ferro do Noroeste peninsular com sobriedade. Depois do break para o coffee, e uns bolinhos frescos, entraram em cena os...cientistas. Maria Martins Seijo, da Universidade de Santiago, traduziu em números a paisagem de bosque e os combustíveis de madeira da Idade do Ferro, e a prof. doutora Helena Granja, da UM, fez uma breve história da geologia recente da zona costeira de Esposende, não deixando de mostrar a sua tristeza pelo facto de "a tutela" não ter permitido que se estudassem estruturas e materiais que surgiram na maré baixa e que depois nunca mais ninguém viu. Por fim, Luis Gómez-Orellana, do Laboratório de Botânica e Bioxeografia da Universidade de Compostela, explicou as alternativas para oe studo paleo-ecológico do clima e e da paisagem, suscitando toda a atenção da pequena delegação de agronomia do Instituto Politécnico de Bragança, entre a qual se contava o meu velho amigo Carlos Aguiar, um botânico de eleição que só reconheci porque fui reconhecido por ele... O debate que se seguiu não foi muito longo porque a tarde já não era uma criança. Enfim, uma boa jornada que, confesso, não absorvi por inteiro pois esta história dos power-points e das noites mal dormidas causa uma certa sonolência...

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