terça-feira, 3 de novembro de 2009

ANTÓNIO SÁ COIXÃO

Ei-lo.
O arqueólogo do terreno, que tem calos nas mãos e não limpa as unhas antes de atacar a boroa.
Ei-lo.
O chefe da campanha (no caso, Vale do Mouro) filando o estudante que fuma o segundo cigarro seguido enquanto namora o colherim.
Ei-lo.
O homem que ama a sua terra (Freixo de Numão) e que namora com todas as terras à volta, escavando-as até ao tutano.
Ei-lo.
É António Sá Coixão.
A sua clonagem impõe-se. Portugal inteiro passaria a respeitar e a estudar o seu património. Estudantes de arqueologia teriam finalmente uma escola de campo em permanência, como têm no Verão quando recebem da ACDR cama e mesa, que a roupa lavada é com cada um e não é coisa que se peça a quem mete as mãos na terra todos os dias (e porventura em outras coisas também telúricas).
Ei-lo.
Um homem que mostra que o país não acaba quando o mar deixa de se cheirar.
Um homem que estuda e que labuta.
Um rústico de saber feito e experiência provada.
Um arqueólogo que prospecta, escava e publica (não é para todos...).
Um nosso amigo.
Que devemos estimar.

Na parte que me toca, obrigado. Pagava para voltar a escavar com a malta de Freixo de Numão e também para voltar a beber umas cervejas com o Beto, o João Piruletas e toda a super-equipa da pá e picareta.

3 comentários:

  1. Muito bem.

    "Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons, mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis." Brecht

    Cumprimentos,
    Rui

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  2. Acho que nao és o uncio a agradecer a oportunidade que nos dao em Freixo de Numao, assim como toda a hospitalidade, amizade e sabedoria que cada pessoa nos deu durante o periodo que la estivemos. Igualmente guardei memorias fantasticas de cada minuto lá passado...espero ter a oportunidade de guardar muitas mais nos anos que se seguem! :)
    beijo, Rita Pedro

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  3. Também lá passei 15 dias fantástico em Freixo do Numão, mas há muitos anos atrás, no ano de 1993.
    Foi uma experiência inesquecível, as pessoas envolvidas no projecto, essas difíceis de esquecer, começando pelo Prof. Coixão. Espero voltar um dia, mas para dar a conhecer aos meus filhos, um sitio que em apenas 15 dias, dificilmente esquecerei o resto da minha vida.

    Cristina

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