quarta-feira, 21 de abril de 2010

ARQUEOLOGIA SUBAQUÁTICA

Segunda-feira estivemos em Braga, no campus da Universidade do Minho, e ainda conseguimos acompanhar a jornada da tarde das jornadas organizadas pelo Instituto de Arqueologia daquela universidade. Acertámos na mouche pois fomos a tempo de ouvir Paulo Alexandre Monteiro falar de arqueologia subaquática sem preconceitos e paninhos quentes. Para além de nos mostrar o magnífico trabalho que fez com a carta de arqueologia subaquática dos Açores, Monteiro deixou o repto aos novos arqueólogos para se juntarem a uma equipa de especialistas portuguesas neste momento reduzida a cinco elementos. Primeiros passos a dar: tirar a carta de marinheiro e fazer um curso de mergulho. Escavar na água é, obviamente, muito diferente de escavar na terra mas os princípios são os mesmos, como explicou Monteiro. Note-se que só nos Açores há registo de 600 navios naufragados, pois os Açores era o "gargalo" por onde obrigatoriamente tinham de passar os barcos vindos do Oriente e das Américas. Também ficamos a saber que temos naus naufragadas em 54 países. Pudessem todas elas ser "trabalhadas" e haveria trabalhinho para todos, pelo menos para os que se atrevessem a vestir um fato de mergulho e a lançar-se em águas frias e junto a uma saída de um cano de esgoto, como já aconteceu à equipa de Monteiro. "Esta é arqueologia do futuro", disse. É, sem dúvida, um desafio muito grande, sobretudo quando do outro lado estão os famosos caçadores de tesouros munidos de shot-guns, como deu para ver num dos slides.

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