terça-feira, 8 de dezembro de 2009

VISÃO DE FUTURO

Portugal é um país de cultura antiga e de imensos atractivos num mundo globalizado, onde o inglês se impõs como a língua de comunicação. A maior parte do conhecimento produz-se e transmite-se hoje em inglês. Até para promover a "cultura portuguesa" é preciso fazê-lo por múltiplas vias, em inglês. Ora, como podem as nossas universidades competir na Europa e no mundo se não fornecerem cursos em inglês, a preços competitivos? Como podem organismos de ensino superior ter páginas web sem versão em inglês, com clara informação sobre os cursos e as suas formas de acesso? Mas as nossas universidades por si nada podem sem a atracção das cidades, porque não se imagina universidades no meio do campo: universidades, cidades, aeroportos são coisas ligadas entre si, e sobretudo são vitais as conexões entre transportes de alta velocidade (as estradas não) e grandes eventos internacionais culturais, que são poderosos atractores. A "cultura" está a mudar, e não necessariamente sempre para pi! or. Abandonemos a pia lamentação de que tudo se transformou em coisa superficial. Os meios de comunicação e novas cosmovisões são um e o mesmo fenómeno. E é preciso não acompanhá-lo, mas adiantarmo-nos a ele. Como? As nossas cidades ou são centros cosmopolitas, com cultura, arte, ciência, congressos de organismos de ponta, ou são província, ficam fora do mapa. Já era tempo de sermos cada vez mais orgulhosos de Portugal. Promovendo-o em inglês. Acabaram-se os Viriatos da nossa escola primária antiga. O que importa é que venha gente para aqui de todo o mundo criar coisas e que parta gente daqui para em todo o mundo criar coisas. O resto são saudosos de Júlio Dinis. Quem goste dessa paz dos campos leia o autor e/ouça a sinfonia pastoral do Beethoven, magníficas obras, pronto. Mas não fiquemos a ouvir os passarinhos, ou os tecnocratas de vistas a curto prazo. Basta!
Vítor Oliveira JorgeDCTP-UP (no e-mail dinâmico da FLUP)

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4 comentários:

  1. Esta veneração ao Grande Império Britânico deixa-me de rastos. Enfim, a verdade é que até o Fernando Pessoa se rendeu aos bifes e esse era mesmo um poeta...

    Roscas

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  2. Muito bem!
    Mas, já agora, proponho em vez do inglês o chinês.
    Não são eles os novos donos do mundo?

    Mao Mau

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  3. Isto é o que acontece quando uma pessoa se cansa do português. Vamos nós vergarmo-nos para eles sairem beneficiados. Quando 80% dos ingleses se empenharem a falar Português, aí eu não faço comentários. A gente deixa de acreditar no país (por vezes entendo) mas quem não está bem que se mude...as tantas um dia faço o mesmo.

    É triste...

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  4. porque eles nao aprendem o portugues
    como se diz uma vez em roma sê romano
    ja agora temos mudar basicamente tudo no ensino superior, usando termos ingleses quando tudo que lá fora temos ca e ate temos unicidades
    ja agora querem alterar o nome dos pasteis de belem para pasteis do tamisa
    so falta isso

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