Yves Coppens [que está em Lisbnoa] é paleontólogo e defende que por muito que o Homem altere o clima, a Terra não parará de girar, mas a espécie humana, cuja evolução continua «subjugada» por biologia e ambiente, deve «inquietar-se» com o que faz ao planeta.
Em entrevista à agência Lusa, o francês afirmou que «as mudanças climáticas fazem parte da história e as mudanças actuais não obstruem o planeta, mas podem obstruir a humanidade, não no corpo, mas nos hábitos». «Se os mares subirem, as orlas costeiras estarão condenadas. Muitas populações vivem à beira do mar e será preciso que migrem, e os movimentos de população importantes causam sempre conflitos», frisou. Referindo-se à maneira como a contínua «exploração empresarial» da Terra é hostil à diversidade das espécies, Yves Coppens defende que «devemos inquietar-nos com as actividades humanas que se verificam em detrimento do próprio Homem». «Submetido» às leis da biologia e às mudanças no seu ambiente, quer físico quer cultural, o Homem «nunca deixou de evoluir», muitas vezes «de forma discreta», e o ritmo deverá continuar no futuro. «O cérebro pode continuar a tornar-se mais complexo, mais bem irrigado, mais denso e também tornar-se mais volumoso», estima o palentólogo, afirmando que isso poderá causar problemas para as mulheres na altura do parto, mas que a própria evolução se encarregará de os resolver. «As mulheres poderão não ter gravidezes tão longas. Em vez de nove meses, poderão ser seis ou oito meses - quem sabe? - e a criança será vulnerável e precisará de assistência durante mais tempo», afirmou. O tempo que as crianças passam à volta de «teclados e écrãs» poderá também ser um factor condicionante da evolução do cérebro, desenvolvendo a «prática táctil», o passo seguinte no percurso que começou com o polegar oponível à mão, permitindo aos antepassados do Homem o acto de agarrar. «O que gostaria de compreender é a maneira como os seres se transformam, as modalidades da evolução. Os fósseiss deram-nos muitos pontos de referência, ao longo da história humana, mas o que não compreendemos, porque é muito mais complexo, é a própria evolução», disse.
Para Yves Coppens, as respostas encontram-se no mundo «infinitamente pequeno dos genes, das moléculas, das células».
Em entrevista à agência Lusa, o francês afirmou que «as mudanças climáticas fazem parte da história e as mudanças actuais não obstruem o planeta, mas podem obstruir a humanidade, não no corpo, mas nos hábitos». «Se os mares subirem, as orlas costeiras estarão condenadas. Muitas populações vivem à beira do mar e será preciso que migrem, e os movimentos de população importantes causam sempre conflitos», frisou. Referindo-se à maneira como a contínua «exploração empresarial» da Terra é hostil à diversidade das espécies, Yves Coppens defende que «devemos inquietar-nos com as actividades humanas que se verificam em detrimento do próprio Homem». «Submetido» às leis da biologia e às mudanças no seu ambiente, quer físico quer cultural, o Homem «nunca deixou de evoluir», muitas vezes «de forma discreta», e o ritmo deverá continuar no futuro. «O cérebro pode continuar a tornar-se mais complexo, mais bem irrigado, mais denso e também tornar-se mais volumoso», estima o palentólogo, afirmando que isso poderá causar problemas para as mulheres na altura do parto, mas que a própria evolução se encarregará de os resolver. «As mulheres poderão não ter gravidezes tão longas. Em vez de nove meses, poderão ser seis ou oito meses - quem sabe? - e a criança será vulnerável e precisará de assistência durante mais tempo», afirmou. O tempo que as crianças passam à volta de «teclados e écrãs» poderá também ser um factor condicionante da evolução do cérebro, desenvolvendo a «prática táctil», o passo seguinte no percurso que começou com o polegar oponível à mão, permitindo aos antepassados do Homem o acto de agarrar. «O que gostaria de compreender é a maneira como os seres se transformam, as modalidades da evolução. Os fósseiss deram-nos muitos pontos de referência, ao longo da história humana, mas o que não compreendemos, porque é muito mais complexo, é a própria evolução», disse.
Para Yves Coppens, as respostas encontram-se no mundo «infinitamente pequeno dos genes, das moléculas, das células».
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