quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
BOM 2010
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
GERMANO SILVA
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
O belo busto de Nefertiti ainda hoje acende quentes discussões. Exposto no Museu Egípcio de Berlim é ainda, com mais de três mil anos, o centro das atenções, atraindo meio milhão de curiosos por ano. no entanto, o busto de Nefertiti tem sido nos últimos anos reclamada de volta para o país de origem. Incessantemente o povo egípcio luta para reaver o que seria seu por direito. assim, argumentam que foram enganados pela Alemanha aquando a sua descoberta, em 1923, em Amarna.
O egiptólogo e director do Museu Egípcio do Cairo, Zahi Hawass, graças a uma notícia, publicada numa revista alemã Der Spiegel - escrito pelo secretário do Instituto Oriental Alemão , que dá conta de um documento de 1924 no qual se confessava ter havido fraude na partilha dos achados em Amarna. Financiadas pelo filantropo de Berlim chamado James Simon, a escavações eram lideradas por Ludwig Borchardt, membro da prestigiada escola de arqueologia alemã. O acordo com as autoridades egípcias previa uma divisão a meias das preciosidades encontradas. No entanto os alemães, que desde o início se sentiram seduzidos pelo busto de Nefertiti (que significa: "uma bela mulher chegou"), fizeram tudo para desvalorizar o achado, afirmando ser feito de gesso e não de calcário, mostrando uma fotografia de péssima qualidade, podendo nem sequer ter chegado a passar pelas mãos do inpector de antiguidades egípcias, o francês Gustave Lefèbvre.
Quando os egípcios pediram uma cópia do documento para provar a "batota" a Alemanha evitou o pedido desculpando-se por ainda não ter conquistado total independência sendo disputado pelas i nfluencias contraditórias da Turquia otomana, Grã-Bretanha e da França.
No entanto, ainda hoje existe a luta entra Egipto e Alemanha por conquistar o direito de ficar com o busto de Nefertiti.
Dando uma opinião pessoal, quando visitei o Museu do Cairo confesso que fiquei desiludida, não por não ser recheado por tesouros incríveis do que foi uma das mais belas e maravilhosas civilizações da humanidade, mas sim por esses mesmo tesouros estarem sujeitos a más condições de conservação. As peças estão praticamente "amontoadas" e demasiado expostas, ou seja, não estão suficientemente protegidas: havia peças (obviamente de grande porte) nas quais qualquer pessoa pode tocar (e em alguns casos vi palavras gravadas e riscadas por prováveis visitantes). Por outro lado o museu é muitas vezes denominado por "armazém" exactamente por ser bastante confuso, demasiado estreito com um aspecto desorganizado.
Este ponto, não é certamente um factor a favor na causa do busto de Nefertiti. Naturalmente faz todo o sentido que o busto regresse ao país de origem... no entanto será bom que ele fique sujeito a estas condições?
Na minha viagem ao Egipto, falaram-me acerca de um projecto de um novo museu que iria substituir o célebre Museu Egípcio do Cairo. No entanto questiono a veracidade da informação pois a fonte pode não ser fiável.
Assim, perante esta incerteza será mais seguro ignorar aqui esta informação, assumindo que o destino do busto será unicamente o museu do Cairo.Será, então, "seguro" o busto da bela Nefertiti regressar ao país de origem podendo estar sujeito a condições menos próprias ou manter-se no Museu Egípcio de Berlim, na capital da Alemanha, onde as condições são certamente mais apropriadas à boa conservação da peça?
Fica aqui aberto o espaço para debate/opiniões/sugestões natalícias :)
Feliz Natal para todos os Arqueólogos, interessados no assunto e demais pessoas xD
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
BOAS FESTAS
Em jeito de conto de Natal...
José e Maria recolheram ao leito depois da consoada. O menino Jesus dormia num colchão de palhinhas da Hello Kitty.
José tinha recebido de Maria um Simca 1100, um carro suficientemente antigo para ser de alguma forma um dado convincente nesta história.
Maria tinha recebido de José uma assinatura anual para o Holmes Place.
Depois de um prolongado silêncio, Jesus disse a Maria:
- Estás a imaginar o que os arqueólogos vão pensar de nós daqui a dois mil anos?
Maria ripostou:
- Calibrados ou não?
- Não sei. Sou um simples carpinteiro, não percebo nada de antracologia.
- A propósito - continuou Maria -, apagaste a lareira.
- Não - disse José -, ainda não inventaram a electricidade.
E foi por aí que Maria sentiu o espírito santo debaixo dos lençóis.
- José - sussurou -, estou a ser tocada.
José virou-se para o outro lado e desabafou:
- Já não há respeito. Nem hoje o Omnipotente nos deixa em paz.
Maria tocou-lhe no ombro e disse:
- Deixa lá. Já sabes que ele sofre de EP. Foi assim que criou o Mundo.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
OS PINTORES DAS CAVERNAS
X
MUJERES EXTRAÑAS, ESTILIZADAS.EL MUNDO POR DEBAJO DEL MUNDO
Desde la primera obra del abate Breuil hasta las respuestas de Jean Clottes a los críticos de Los chamanes de la Prehistoria han transcurrido casi exactamente cien años. Salvo por el chamanismo, que no tiene una aceptación general, no hay aún ninguna teoría global sobre el significado de las pinturas rupestres. Esto es frustrante para científicos y aficionados por igual, puesto que, como obras de arte, las pinturas logran comunicar directamente y con suma eficacia. Fueran cuales fuesen las razones culturales que movieron a los antiguos cazadores a pintar en las cuevas, los grandes artistas que había entre ellos -que fueron muchos- se tomaron la molestia de crear pinturas de líneas elegantes, colorido sutil, perspectiva precisa y una sensación física de volumen. Puede que los pintores de las cavernas concibieran el arte como nosotros lo entendemos o puede que no, pero cuando decidieron dibujar unos trazos atractivos a la vista en lugar de unos garabatos torpes, pensaban y actuaban como artistas, intentando crear arte en el sentido que nosotros le damos al término. Por eso, para nosotros es legítimo responder a las pinturas rupestres en tanto que arte, y no solamente en tanto que restos arqueológicos, aunque sin duda también lo son. Los caballos chinos de Lascaux, multicolores y estilizados, el orgullo de los leones a la caza con los ojos encendidos en Chauvet, y los bisontes pesados, si bien delicados y sinuosos, de Altamira y Font-de-Gaume, son evidencias de que la belleza es de veras eterna.
Y esa belleza aumenta porque, contra toda lógica, las pinturas parecen también familiares, próximas a nosotros en el tiempo, a pesar de ser lomás remotas que posiblemente alcancemos a encontrar. ¿Cómo es posible que pudiesen permanecer encerradas en cuevas, desconocidas o mal interpretadas, durante miles de años y en cambio, una vez descubiertas, encajasen con tanta naturalidad en la tradición cultural occidental? El historiador del arteMax Raphael es el único pensador relevante a quien parece preocuparle esta cuestión, aunque la inmediatez de las pinturas, a pesar de su gran antigüedad y misterio, afecta poderosamente a todo el que las ve. Raphael ofrecía su propia respuesta marxista a este acertijo, como hemos visto. Sin embargo, existe otra respuesta, que arroja más luz sobre las pinturas tanto en su vertiente artística como arqueológica. Las pinturas nos hablan directamente a través de los milenios porque son el arte conservador de una sociedad estable, porque transmiten una visión cómica, más que trágica, de la vida, y porque forman parte de una tradición clásica. De hecho, son el triunfo de la primera civilización clásica del mundo.
domingo, 20 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
PROJECTO KARNAYNA
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
MURALHA FERNANDINA
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
TGV E MENIRES
Sem dar cavaco a ninguém, nem ao próprio, o Governo avança apressado para o TGV que vai atravessar o coração do Alto Alentejo. Em nome do emprego, da ligação a uma Europa que ficará sempre distante. Resta saber quantos monumentos megalíticos - património nosso e do resto da humanidade - o progresso vai limpar do mapa. Porque será que ainda ninguém falou no assunto?
ASTROLOGIA E CIÊNCIA
Esta é a quarta sessão deste ciclo de conferências comissariado por Vicente Ferreira da Silva. São ao todo 11 sessões em que a Ciência irá procurar pontes de diálogo com outras áreas do saber a religião, mas também a ciência militar, a poesia, o humanismo, o esoterismo, a cidadania, a arte, a ética e a política.
Parece um bom programa!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
QUINTA DE SANTIAGO
INCRIÇÕES ABERTAS PARA A VISITA.
MANDAR EMAIL.
Quinta feira dia 17 de Dezembro pelas 21:30.
in: http://www.cm-matosinhos.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=11820
NOTA IMPORTANTE: Por razões operacionais a que o GAP é alheio, não será possível realizar hoje este programa mas estão todos convidados a aparecer hoje à noite no museu da Quinta de Santiago para um espectáculo teatral, com início às 21.30 horas
domingo, 13 de dezembro de 2009
"As Primeiras 27 Maravilhas do Museu Geológico de Portugal" -> Exposição
sábado, 12 de dezembro de 2009
COPPENS VERSÃO AMBIENTALISTA
Em entrevista à agência Lusa, o francês afirmou que «as mudanças climáticas fazem parte da história e as mudanças actuais não obstruem o planeta, mas podem obstruir a humanidade, não no corpo, mas nos hábitos». «Se os mares subirem, as orlas costeiras estarão condenadas. Muitas populações vivem à beira do mar e será preciso que migrem, e os movimentos de população importantes causam sempre conflitos», frisou. Referindo-se à maneira como a contínua «exploração empresarial» da Terra é hostil à diversidade das espécies, Yves Coppens defende que «devemos inquietar-nos com as actividades humanas que se verificam em detrimento do próprio Homem». «Submetido» às leis da biologia e às mudanças no seu ambiente, quer físico quer cultural, o Homem «nunca deixou de evoluir», muitas vezes «de forma discreta», e o ritmo deverá continuar no futuro. «O cérebro pode continuar a tornar-se mais complexo, mais bem irrigado, mais denso e também tornar-se mais volumoso», estima o palentólogo, afirmando que isso poderá causar problemas para as mulheres na altura do parto, mas que a própria evolução se encarregará de os resolver. «As mulheres poderão não ter gravidezes tão longas. Em vez de nove meses, poderão ser seis ou oito meses - quem sabe? - e a criança será vulnerável e precisará de assistência durante mais tempo», afirmou. O tempo que as crianças passam à volta de «teclados e écrãs» poderá também ser um factor condicionante da evolução do cérebro, desenvolvendo a «prática táctil», o passo seguinte no percurso que começou com o polegar oponível à mão, permitindo aos antepassados do Homem o acto de agarrar. «O que gostaria de compreender é a maneira como os seres se transformam, as modalidades da evolução. Os fósseiss deram-nos muitos pontos de referência, ao longo da história humana, mas o que não compreendemos, porque é muito mais complexo, é a própria evolução», disse.
Para Yves Coppens, as respostas encontram-se no mundo «infinitamente pequeno dos genes, das moléculas, das células».
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
HYPATHIA
"Acabei de ver 'Ágora' – e, apesar dos habituais tiques de câmara de Amenábar, gostei. Pretendendo ser sobretudo um panfleto anti-cristão, denunciando o Cristianismo em tudo o que ele representou de entropia ao desenvolvimento da ciência e do conhecimento, é também, e talvez um tanto paradoxalmente, uma... interessante demonstração, mesmo que involuntária, da importância que esse mesmo Cristianismo teve para o nascimento dos conceitos de igualdade e 'demo-cracia' (ainda que ali na sua forma mais primitiva e animal). O facto é: conhecimento e democracia raras vezes andaram de mãos dadas ao longo da História – e o mais provável é que seja esse o contra-senso fundamental desta espécie."
Lisboa debaixo de terra As Galerias Romanas da Rua da Prata Canal Historia JPL TVRIP
Uma visita de estudo aqui, que acham?
Cientistas encontram evidências de canibalismo em massa
Arqueólogos encontraram evidências de canibalismo em massa em um cemitério humano que data de sete mil anos atrás, no sudoeste da Alemanha, segundo a revista especializada "Antiquity". Os autores da pesquisa dizem que suas descobertas trazem indicações raras da prática de canibalismo na Europa no início do período Neolítico.
Cerca de 500 restos mortais que foram encontrados perto da vila de Herxheim podem pertencer a vítimas de canibalismo.
Os restos, que teriam sido "mutilados intencionalmente", incluem crianças e até fetos, segundo os pesquisadores.
O local foi escavado pela primeira vez em 1996, e explorado novamente entre 2005 e 2008.
O coordenador da pesquisa, Bruno Boulestin, da Universidade de Bourdeaux, na França, disse que ele e seus colegas encontraram evidências de que ossos humanos foram cortados e quebrados de propósito, uma indicação de canibalismo.
"Nós observamos padrões nos ossos de animais indicando que eles foram assados em um espeto", disse. "Nós vimos padrões iguais em ossos humanos (no local)."
Boulestin reforçou que é difícil provar que esses ossos foram deliberadamente cozidos. Alguns cientistas rejeitam a teoria do canibalismo, dizendo que a remoção da carne poderia ser parte de rituais de enterro.
Mas Boulestin disse que os restos humanos encontrados na Alemanha foram "intencionalmente mutilados" e que há evidências de que muitos deles foram mastigados.
O início do período Neolítico foi quando a agricultura começou a se espalhar pela Europa central e a equipa acredita que o canibalismo no continente era uma ocorrência rara, provavelmente apenas durante períodos de fome extrema."
Raquel Godinho
rgodinho@negocios.pt
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
VENDE-SE
O Forte de São Clemente, mais conhecido como Castelo de Milfontes, no concelho de Odemira, um edifício classificado como Imóvel de Interesse Público, que 'protege' há mais de 400 anos a foz do Rio Mira, está à venda.
(Lusa)
DIZEM QUE É NATAL...
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.
Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto.
Fernando Pessoa
(na montra de um alfarrabista do Porto, hoje)
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
VISÃO DE FUTURO
Vítor Oliveira JorgeDCTP-UP (no e-mail dinâmico da FLUP)
Está aberto o debate na nossa caixa de comentários
IMACULADO DIA
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Simples curiosidade
- 43 a. C - assassinato de Marcus Tullius Cicero um ano após a morte de Caesar;
- 1815 - O Marechal Ney é executado por fuzilamento á ordem da Câmara dos Pares por traição ao apoiar o ex- Imperador Napoleão Bonaparte. O Julgamento foi feito após o segundo exilio do Imperador;
- 1917 - Os Estados Unidos da América declaram Guerra ao Império Austro-Húngaro;
- 1972 - A ultima missão à lua, Apolo 13 é lançada;
(Imagens: 1 - Marcus Tullius Cicero, Heritage History.com; 2 - Marechal Ney, Francois Gerard 1770 - 1837; 3 - Artilharia Austro-Húngara, Patriotfiles.com; 4 - Insignia Apolo XIII, wikipédia.com;)
CONTEXTOS E AMBIENTES DO I.ºMILÉNIO a.C.
A propósito de Guerra (Lembrete)
1941, já a Europa estava em guerra (desde 1939), já os ingleses estavam envolvidos (desde 1940) eis que finalmente entram os Americanos em Guerra. É verdade, faz hoje 68 anos que os Japoneses, levados pelo desespero atacaram a famosa base naval no Hawai. Acção que fez os Americanos juntarem-se ao conflito, tornando-o realmente mundial. Relembrando brevemente, numa manha de Domingo, por volta das 08h da manhã, a primeira vaga de aviões Japoneses lança as primeiras bombas. Pouco depois de se avistar o mini-submarino Japonês (já dentro do Porto) o ataque começa com vantagem para os Nipónicos. Enquanto os Americanos se apressam para chegar aos seus postos já vários couraçados tinham sido danificados e alguns perdidos (como o Arizona). A segunda vaga chega já com os americanos completamente desperto e ja prontos para a acção. A Marinha Imperial do Japão perde cerca de 27 aeronaves, 5 mini-submarinos (um capturado), 55 aviadores, nove tripulantes de submarinos e um tripulante capturado. As baixas americanas não ficaram nem perto destes numeros. Morreram tantos como no World Trade Center. A Frota do Pacifico ficou em estado deplorável. A America só se conseguiu impor no pacifico pois os seus porta aviões evitaram o ataque (tinham-se ausentado do porto pouco antes do ataque). Bom, o rescaldo resultou na declaração de Guerra por parte da Alemanha aos Estados Unidos da America e aos seus Aliados. Embora pouco tenha a ver com Portugal, achei que era um evento que valia a pena relembrar (pois marcou o inicio de um conflito sem precedentes).
(imagem: explosão do USS Shaw;)
domingo, 6 de dezembro de 2009
A contemporaniedade da Guerra
Muitos de nós já vimos filmes que por alguma razão envolviam cenários Bélicos. Alguns, muito conhecidos entre nós, sobre guerras napoleónicos, outros, tambem muito comuns, sobre a guerra da Ultramar. Dois cenários muito ligados a Portugal. Porém, diferenças surgem entre os dois tipos de conflito.
Escolhi os estes dois exemplos para comparação porque são os que mais nos tocam, porem para evidenciar a passagem de um tipo de guerra ao outro, irei falar sobre um acontecimento belico que poucos Portugueses prestam atenção. Lá chegaremos. Primeiro, a que me refiro quando falo de diferença entre os dois tipos de combate armado? Bom, ao olharmos para um exército tipico Napoleónico, este ressalta pela sua extrema organização, formação em quadro ou colunas, com disposição de efectivos bem regrada. O confronto dava-se quando dois exércitos inimigos se defrontavam, em campo aberto, formados em colunas, que chocavam umas com as outras.
Em muitos casos a vitória era conseguida pela destreza dos atiradores de cada coluna e a sua rapidez em "contra-manobrar" o inimigo. Jocosamente dir-se-ia que ganhava o exercito que tivesse mais homens. Além disso, o ataque tinha uma determinada sequencia, primeiro entrava a infantaria, após um fustigar de artilharia. No final, quando a vitória era já avistada, a cavalaria era enviada para esmagar o que restava do exército inimigo.Isto seria uma imagem básica de actuaçao de um exército Napoleónico. Porém, ao observármos a evolução do combate desde a primeira grande guerra notamos uma certa diferença. Claro que a organização do exército possui ainda a sua base. Dentro do exército a Infantaria, Cavalaria, Artilharia e a Marinha e novas adições como Infantaria Móvel, Veiculos de uso Especial e uma das mais importantes inovações, a Força aérea. Mas a movimentação de tropas veio a modificar-se muito. Já não se trata de confrontos só em espaço aberto, mas estes podem ocorrer em qualquer tipo de locais. Especialmente em ambientes urbanos durante a segunda grande Guerra). Mas para isto ocorrer, teve de se implementar novas táticas. Falo do combate tipo guerrilha. Não se opta por confronto aberto. O objectivo é a camuflagem, dissimulação e ataque surpresa, tal como aconteceu na guerra Ultramarina. O Mato Africano mostrou-se ideal para este tipo de Guerra. Porém não seria no seculo XX que a "formato tático" de guerrilha se estrearia. A definitiva prova veio em formato de "Sublevação" (?). A semente para tal sublevação foi plantada em 1795, com a chegada inglesa à cidade do Cabo, corrida contra os revolucionarios franceses pelo dominio da passagem para a India. Desde esse ano que não mais a Inglaterra se ausentaria da Africa do Sul. Depois de algumas confusões entre Ingeses e Holandeses, em 1806 a Colónia do Cabo passa oficialmente a ser parte das "terras de sua majestade". Não tardou que o poderio Britânico fosse contestado. A verdade é que, não suportando mais a presença dos Casacos Vermelhos (Britanicos) grandes movimentações de Boers (Agricultores de descendencia variada, antepassados dos Afrikaans actuais do Orange Free State) levaram cerca de 12 000 individuos a rumarem para Norte, para uma zona designada por Transvaal ( do Afrik: Além do Rio Vaal) e zonas limitrofes. A Toponimia que se regista desde a cidade do Cabo até às fronteiras sul africanas a norte revelam as ascendecias Holandesas da população. Já nesta zona se tinham assentado os Boers (Afrik: Boore) quando se verificou uma riqueza mineralógica por toda a zona central de Africa. Foi então que se deu o confronto entre estes Agricultores "deslavados" e as tropas da Rainha por um dominio dos recursos locais. O conflito conheceu duas fases, a primeira de 1880-81 a segunda de 1899-02. O que nos interessa é a primeira fase. O que acontece é que a mobilização britânica se deu de maneira quase Napoleónica. Grandes contingentes movimentavam-se por planicies abertas e como se isso não chegasse, os seus uniformes Escarlates eram visiveis por Quilometros em volta. Uma grande massa vermelha no meio de uma planicie amarelada não é dificil de ver. Mais espertos foram os Boers. Como não eram um corpo bélico organizado, sem hierarquia (à exepção de alguns lideres) não possuiam uniformes. Na verdade, a sua roupa (Khaki) era adaptada aos trópicos. Com cores tipo terra e chapéus largos para proteção do sol, aliaram ao seu combate o conhecimento do terreno. Não eram raras as emboscadas que se davam a uma muito cutra distância. Isto testemunhava a grande vantagem da camuflagem. As tropas ingleses eram ignorantes no que dizia respeito aos ataques inimigos. Não se sabia onde se escondia o inimigo, nem quando aconteceria o ataque. Os oficiais Britanicos, com a sua formação rigorosa, ordenavam às tropas para firmemente se manterem em formação e de atirarem de forma regulada em linha de fogo, com fileira assente num joelho e fileira/as traseiras que disparavam alternadamente com a primeira, sempre à ordem do oficial de serviço (o famoso Volley Fire). Com isso não se interessavam os Boers, que atiravam oportunisticamente (peço desculpa se parecer um termo desapropriado) apontando a alvos indiscriminadamente e de locais ocultos. A isto aliou-se tambem a tecnologia.
Os contactos que a nação Boer tinha com a europa permitiu-lhe a obtenção das armas de fogo de boa qualidade. Durante o primeiro conflito muitas eram as armas de tiro único de carregamento por Culatra, tipo Martiny-Henry e poucas eram as armas de repetição. A pólvora sem fumo permitiu que, Agricultores e Caçadores experientes, com experiencia de exterior conseguissem "abafar a tiro" as colunas Britanicas. Parece que os ingleses aprenderam a lição e quando se instalou a segunda guerra Anglo-Boer estes vinham já preparados, com táticas mais apropriadas para o combate de guerrilhas. De facto, nunca mais seria empregue a formação Napoleónica e rígida no exercito Imperial Britanico. Do ponto de vista das evoluções táticas contemporaneas, o conflito Anglo-Boer torna-se extremamente interessante por representa os primórdios da Guerra Contemporanea. Não só exterminou com as táticas Napoleónicas e Prussianas, como levou a que se adaptasse rápidamente todos os grandes exercitos para este novo tipo de conflito, que voltou a ressurgir em todos os grandes conflitos precedentes. A grande prova disso é a presença de uniformes camuflados em todos os grandes exercitos. A roupa colorida é reservada a cerimónias. Embora os combatentes Boers tenham sido derrotados, conseguiram marcar permanentemente a mentalidade bélica.
(Foto 1: Guerreiros Boers em Ladysmith, Circa 1899; Foto 2: Uniformes Britânicos do 24º Regimento em Isandlwana, Africa do Sul - ilustração de Tim Reese, CD dos Uniformes da Guerra Zulu;)
100+3
Inspirados no célebre mural de Rafael "A Escola de Atenas", que reúne os grandes filósofos da antiguidade, Dudu, Li Tiezi e Zhang An, artistas chineses, pintaram 100 personagens da história mais três. A brincadeira tem sido sensação na Internet e, obviamente, rapidamente o povo cibernético identificou os personagens. Falta apenas saber onde está o Wally.
A chave para a leitura é esta:
1. DAI DUDU - painter 2. DANTE ALIGHIERI 3. SONG QINGLING 4. MOTHER TERESA 5. LI TIEZI - painter 6. MIKHAIL GORBACHEV 7. ZHANG AN - painter 8. KOFI ANNAN 9. LIU XIANG 10. PRINCE CHARLES 11. DOWAGER CIXI 12. OSAMA BIN LADEN 13. GEORGE W. BUSH 14. LUCIANO PAVAROTTI 15. SALVADOR DALI 16. CLAIRE LEE CHENNAULT 17. JULIUS CAESAR 18. YASSER ARAFAT 19. MARILYN MONROE 20. MARLON BRANDO 21. FIDEL CASTRO 22. LAOZI 23. CHE GUEVARA 24. JOHANN WOLFGANG VON GOETHE 25. ZHOU ENLAI 26. NAPOLEON BONAPARTE 27. MAO ZEDONG 28. MARIE CURIE 29. ABRAHAM LINCOLN 30. GENGHIS KHAN 31. PABLO PICASSO 32. STEVEN SPIELBERG 33. FRIEDRICH NIETZCHE 34. WOLFGANG AMADEUS MOZART 35. KARL MARX 36. WILLIAM SHAKESPEARE 37. LEONARDO DA VINCI 38. ROBERT OPPENHEIMER 39. HENRI MATISSE 40. JOSEPH STALIN 41. ELVIS PRESLEY 42. FRANKLIN ROOSEVELT 43. WINSTON CHURCHILL 44. BRUCE LEE 45. ALBERT NOBEL 46. MARGARET THATCHER 47. PETER THE GREAT 48. CHARLES DE GAULLE 49. BILL CLINTON 50. MAXIM GORKY 51. PAVEL KORCHAGIN 52. RAMSES II 53. VLADIMIR ILICI LENIN 54. GUAN YU 55. CUI JIAN 56. HOMER 57. BILL GATES 58. PELÉ59. ADOLF HITLER 60. SADDAM HUSSEIN 61. LUDWIG VAN BEETHOVEN 62. AUDREY HEPBURN 63. BENITO MUSSOLINI 64. NORMAN BETHUNE 65. LEI FENG 66. HENRY FORD 67. CHARLIE CHAPLIN 68. ERNEST HEMINGWAY 69. SUN YAT-SEN 70. DENG XIAOPING 71. SIGMUND FREUD 72. MIKE TYSON 73. JUAN ANTONIO SAMARANCH 74. CHIANG KAI-SHEK 75. ALEXANDER PUSHKIN 76. VLADIMIR PUTIN 77. LU XUN 78. HANS CHRISTIAN ANDERSEN 79. QUEEN ELISABETH II 80. SHIRLEY TEMPLE 81. LEO TOLSTOY 82. ALBERT EINSTEIN 83. LI BAI 84. MOSES 85. CONFUCIUS 86. CORNELIU BABA 87. MOHANDAS GANDHI 88. AUGUSTE RODIN 89. DWIGHT EISENHOWER 90. VINCENT VAN GOGH 91. HENRI DE TOULOUSE LAUTREC 92. MARCEL DUCHAMP 93. MICHAEL JORDAN 94. ARIEL SHARON 95. HIDEKI TOJO 96. MICHELANGELO 97. YI SUN-SIN 98. QI BAISHI 99. QIN SHI HUANG 100. RUN RUN SHAW 101. JEAN-JACQUES ROUSSEAU 102. RABINDRANATH TAGORE 103. OTTO VON BISMARCK
sábado, 5 de dezembro de 2009
Rectificação
Tipicamente Português
Fui informado ha coisa de dias da triste decisão da autarquia de Matosinhos de demolir, para construir imóveis de habitação, centro de ciências e tecnologias e hotel, duas das mais emblemáticas fábricas de conserva de Matosinhos, e mesmo do Norte Português, a Algarve Exportador e a Rainha do Sado. Com uma fachada tipo "Português Suave", fachada simbólica do Império Português contemporâneo as fábricas reflectem as tendências dos anos 20 do século passado. É com terrível pesar que escrevo isto, pois para mim, são fábricas de uma estéticidade única. De facto revelam novas tendências arquitectónicas que galgavam a Europa durante a altura, por exemplo o uso extensivo e intensivo de janelas, que permite a escorrência de luz natural, de modo a tornar o horário laboral mais agradável. Vivemos numa época em que os edifícios, mesmo monumentalmente grandes, por vezes obscenamente grandes (peço desculpa pelo termo) seguem a tendência de "despersonalização" (uns puderão chamar-lhe simplistas). A verdade é que, em vez de se seguir uma trama harmoniosa, sem grandes cantos aguçados, sem paredes radicalmente fincadas e abundantes elementos que suavizam o edifício (como é o caso das Fábricas em Questão). Não, estes novos edifícios tentam quebrar ao máximos as tendências tradicionais e chocar o individuo com alçados e plantas pouco comuns (quanto mais chocante melhor). A casa da musica ou a recentemente construída sede da vodafone exibem um bloco granítico alto, com algumas janelas de facto, mas com um aspecto que desafia a lógica. Os cálculos podem estar muito perfeitos, mas a verdade é que já ouvi muita gente que é de opinião que, são construções pavorosas. Alem de que chocam com arquitecturas tradicionais, no Porto principalmente Vitorianas e Neo-Clássicas. Foi grande o meu choque quando li que o Senhor Siza Vieira era a favor da demolição (que grande choque mesmo). A diplomacia não me permite falar muito mais, pois corria o risco de ser rotulado de difamador. Que se queiram fazer edifícios de aspecto moderno, tudo muito bem. Mas por amor de Deus, respeite-se o património Histórico, porque mesmo um local não sendo assinalado como tal, deve-se ponderar realmente o que fazer com ele. A verdade é que recuperando as fábricas (pelos vistos não apareceu nenhuma entidade interessada, o que seria fácil de resolver com alguns incentivos da câmara) não só Matosinhos teria um aspecto mais aberto (o que não terá com o previsível monstro de vários andares que será projectado) como aos olhos dos portugueses (e da comunidade estrangeira) seria um memorial a épocas passadas (muito do propósito arqueológico é esse mesmo, o de recordar e não abafar). Mas enfim, vozes de burro não chegam ao céu. Como já disse, isto é uma opinião pessoal (o que nestes dias é sempre arriscado), gostaria de ter noção de quantas pessoas pensam de maneira semelhante. Será de mim? Talvez...
Gostaria de ter posto imagens, mas, tão esquecidas as fábricas devem estar que nem mesmo na internet consegui achar fotografias.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
PENSAMENTOS
George Stneiner
"O início não tem absolutamente nada a que agarrar-se. É como se saísse do nada. Por um momento, o momento do início, tudo se passa como se os iniciados tivessem abolido a própria sequência da temporalidade e houvessem sido expulsos da continuidade da ordem temporal"
Paulo Connerton
"Pré-história é um termo vago que designa em bloco tudo o que se passou até ao momento em que a escrita projecta uma vaga claridade sobre o pensamento humano"
André Leroi-Gourhan