sábado, 26 de novembro de 2011
G.A.P ARQUEOLOGIA PORTO 2011/2012
Para o ano de 2011/2012 novas actividades e novos projectos.
Criação de uma secção de arqueologia Subaquática dentro do G.A.P, com vista na elaboração de uma equipa especializada na área.
1/12/2011: Reunião de Membros G.A.P
Curso de mergulho para arqueologia Subaquática e certificação.
1º workshop de Arqueologia Subaquática.
2º workshp de Arqueologia Subaquática.
Projecto de arqueologia subaquática.
Ciclo de conferências.
Fim de Semana Arqueológico.
Escavações arqueológicas 2012.
MAIS INFORMAÇÕES EM: www.grupodearqueologiadoporto@hotmail.com
Saudações Arqueológicas .
G.A.P
João Madureira.
EXPOSIÇÃO: Museu Nacional de Arqueologia, Religiões da Lusitânia. Loquuntur saxa.
27 de Junho de 2002 a 2 de Janeiro de 2012
Local no MNA:
Galeria Oriental
Organização institucional:
Museu Nacional de Arqueologia
Comissariado científico:
José Cardim Ribeiro
Tipo de exposição:
Síntese nacional
O fenómeno religioso, na sua historicidade, tem sido alvo de múltiplas abordagens interpretativas. Recorde-se Frazer e a abrangência comparativista; Lévi-Strauss e os arquétipos estruturalistas; Dumézil e os esquemas funcionalistas; Eliade e a universalidade do simbólico. Porém, nada mais genial do que a breve metáfora engendrada pelo inglês Murray, desde logo adoptada e desenvolvida por Dodds no seu irreverente estudo sobre a cultura grega e o irracional: o fenómeno religioso revela-se, em todas as épocas e regiões, como um “conglomerado herdado”. E comenta Dodds: “A metáfora geológica é feliz porque o crescimento religioso é (...) a aglomeração mais do que a substituição”. Por isso, quando hoje estudamos as religiões do passado, não procuramos apenas conhecer melhor as nossas longínquas raízes culturais, antes lidamos com qualquer coisa ainda presente – embora de forma parcelar e, por vezes, subjectiva – na nossa actual vivência como Homo religiosus que (queiramos ou não...) todos somos.
Daí, o inusitado e sempre crescente interesse que desperta, no grande público, a abordagem destes temas. Daí, o esperado êxito da futura exposição promovida pelo Museu Nacional de Arqueologia, no virar dos milénios, sobre as Religiões da Lusitânia.
Hispania Aeterna e Roma Aeterna. Duas tradições que convergem e se sincretizam por força da Pax Romana. Mas que o Oriente, donde sempre vem a Luz, acaba por “converter”... E o “aglomerado” vai-se avolumando, encobrindo ou evidenciando aqui e além alguns dos seus componentes, mas nada perdendo, tudo armazenando. São forças secretas da Natureza, numina tutelares, divindades várias, heróis deificados, práticas rituais e mágicas, a Vida e a Morte. São textos obscuros, que é preciso decifrar para ler, são objectos e imagens de um passado duas vezes milenar que, após descodificados, se vêm a revelar bem mais presentes do que suporíamos. Será o Tempo uma quimera?
Um nome, por detrás de tudo isto: Leite de Vasconcellos, o grande estudioso que, há cem anos, pela primeira vez estudou exaustiva e metodicamente as Religiões da Lusitânia. Uma homenagem? Sem dúvida! Mas, certamente, muito mais do que isso...
José Cardim Ribeiro
Comissário Científico da Exposição “Religiões da Lusitânia”
http://www.mnarqueologia-ipmuseus.pt/?a=2&x=3&i=38
domingo, 5 de dezembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
SEMINÁRIO E EXPOSIÇÃO DE MONUMENTOS BALNEARES – DO NOROESTE PENINSULAR: DA PROTO-HISTÓRIA À IDADE MÉDIA – REPRESENTAÇÃO E MUSEALIZAÇÃO
A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, através do pelouro da Cultura e Turismo pretende realizar um seminário e uma exposição sobre Monumentos Balneares do Noroeste Peninsular (da Proto-História à Idade Média). "Tendo em conta a inegável importância que estes monumentos e sítios desempenham e o interesse que suscitam, tanto na comunidade científica, como no grande público, o Município entende ser de todo pertinente dar a conhecer a documentação produzida sobre os mesmos."
Não percam esta iniciativa pois irá fomentar pontos de encontro entre todos os profissionais que se dedicam ao estudo ou à divulgação deste tema e também debates e a partilha de experiências sobre o mesmo.
Contactos:
Gabinete de Arqueologia da C. M. V. N. Famalicão, Casa da Cultura, Rua Direita, 4760-134 Vila Nova de Famalicão, Portugal.
E-MAIL: arqueologia@vilanovadefamalicão.org
Tel: 252320954 • FAX: 252377110
Inscrição: http://www.vilanovadefamalicao.org/_seminario_monumentos_balneares
Mais informações: http://arqueologia.vilanovadefamalicao.org/
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
MUSEU VIVO
DEUSES SEM NOME
Esta é a primeira exposição deste género a passar pela cidade, pelo que aconselho toda a gente a visitar, mais ou menos curiosos em relação à temática exposta, é uma oportunidade a não perder.
domingo, 10 de outubro de 2010
SUBMARINO "U 1277"
Ao largo da costa de Matosinhos descansa um famoso submarino alemão afundado no final da 2ª Guerra Mundial num fundo arenoso, a 30 metros de profundidade, com a ré completamente assoreada e tombado para bombordo cerca de 45 graus. Encontra-se afundado entre a praia do Cabo do Mundo e a Praia do Paraíso.
APLICAÇÕES iPAD PARA ARQUEOLOGIA
Trabalhos em Pompeia (através do facebook de José Manuel Varela: http://www.facebook.com/profile.php?id=100000734955025
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
S. CLEMENTE DAS PENHAS
MINARETES
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
A BÍBLIA NÃO MENTE!
Está cientificamente explicada a separação das águas bíblica.
Ver mais em http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/mar-vermelho-moises-biblia-tvi24-exodo/1193367-4069.html
sábado, 18 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
A TRÓIA ROMANA*
Ainda na continuação da primeira crónica aqui editada, onde se propunha fazer um «Percurso ao longo do Sado», iremos dedicar-nos hoje, de novo, a esse extraordinário lugar que, no dizer de José Leite de Vasconcellos são “... as ruinas de Troia de Setubal constituem um enexgotavel manancial archeologico”.
Regresso, assim, a essa Tróia, a romana, um dos mais importantes centros fabris conserveiros de salga de peixe do Império Romano Ocidental, cujas ruínas se estendem por cerca de 2km ao longo do Sado, evidenciando, como já aqui dissemos, a forte colonização do rio.
O peixe podia ser conservado, quer curado salgado ou seco, quer transformado em pastas, como o conhecido garum, esse molho especial, aproveitamento de vísceras de peixes a que se misturavam mariscos e especiarias, muito apreciado pelos Romanos, que com ele temperavam a maior parte das refeições.
Em Tróia, a par dos grandes tanques de salga de peixe, organizados em unidades industriais, encontramos outros tanques, mais pequenos, que alguns arqueólogos defendem ser para produzir o garum.
Um enorme espólio de artefactos piscatórios, tais como anzóis e pesos de rede, atesta a principal actividade dos habitantes de Tróia.
O produto destas unidades conserveiras deveria ser exportado para outros centros de consumo do Império, nos conhecidos contentores de barro, as ânforas.
O fabrico destes recipientes, actividade subsidiária, neste caso, da transformação do pescado - pois também os há para azeite ou vinho - está claramente demonstrado pela existência de fornos cerâmicos situados nas margens do Sado.
Tróia mantém-se em laboração desde o século I d.C., começando a decair a partir do século IV, se bem que a presença de uma Basílica Paleocristã, construída durante essa centúria ou seguinte e a existência de cemitérios e inscrições funerárias tardias indiciam que o local continuou a ser ocupado.
Para além dos tanques de salgas, está identificada uma área habitacional, conhecida por «Rua da Princesa», umas termas ou balnea, muito possivelmente servindo as fábricas, pois a sua construção aproveita tanques das mesmas, três necrópoles e um Templo Paleocristão que preserva ainda o revestimento com pinturas a fresco.
Se bem que não seja conhecido, muito certamente Tróia teria o seu centro administrativo, o Fórum.
Foi este Sítio Arqueológico identificado, durante séculos, com a Caetobriga nomeada por Ptolomeu, no século II d.C., e no Itinerário de Antonino, no século III, até que escavações mais recentes, já no século XX, puderam revelar a existência de um importante núcleo urbano em Setúbal, passando a assumir-se que essa cidade era efectivamente a Cetóbriga latina.
Gaspar Barreiros é o primeiro autor que faz referência a Tróia, “a qual Troia cuidaram alguns ser Salacia”, e sustenta serem as ruínas de Tróia os vestígios da cidade de Cetóbriga, de cujo nome derivam igualmente o nome da península e o da cidade que se ergue na outra margem - Setúbal. Diz ainda Gaspar Barreiros Setubal “...reteve o nome corrupto de Cetobrica, o qual nome de cetobrica se corrompeu em Cetobra e depoia em Tria onde ela foi”.
Refere-se este autor aos tanques de salga de peixe de Troia como: “salgadeiras em que se curava o peixe”.
André de Resende, escritor e "arqueólogo" quinhentista aí realizou as primeiras pesquisas de que há notícia. Como umas das figuras mais proeminentes do Humanismo Português, não será de admirar a curiosidade de todos os testemunhos do passado clássico poderiam exercer sobre este escritor. Na sua obra De Antiquitatibus Lusitaniae, Liv.IV - “De Cetobriga” retoma a argumentação de Gaspar Barreiros quanto à origem de Cetóbriga
A Escola Historiográfica de Alcobaça retoma a identificação de Tróia com a Caetobriga romana escrevendo também Frei António de Santa Maria que "nos tempos antigos florescera na povoação de Cetobriga a que os moradores da terra chamam Troia".
Muitos autores insistiram nesta identificação de Tróia com a antiga Cetobriga, a exemplo de Duarte Nunes Leão que se lhe refere, na Descrição do Reino de Portugal, como “Cetobriga que vieram corromper o nome de Setúbal para onde passou, foi também situada em uns areais onde chamam agora Troia”, João Batista Lavanha e a Frei António de Santa Maria, Carlos Ribeiro, entre outros. João Batista Lavanha na sua "Viagem da Catholica Real Magestade del Rey D.Filipe II a Portugal", de 1622, diz que:" Setuval. He huma das maiores, e mais assinaladas villas de Portugal, por causa do seu porto formado do Rio Cadão , que alli entra no Oceano, e de huma lingua de terra que o mar ha estreitado. Nesta lingua de terra que fica de fronte da villa, ouve na antiguidade huma povoação chamada Cetobriga .... onde ainda oje se vem os vestigios de tanques em que se salgarão os atuns, e outros pescados, e aparecem as ruinas de outros edificios de aquella cidade, e dellas se tirão estatuas, columnas, e muitas inscripções, que entre outras antiguidades dignas de eterna memoria se conservão na casa do duque de Aveiro. A estas ruynas chama o vulgo Troya com que quer dar a entender que são da povoação que alli ouve".
Em 1895, José Leite de Vasconcellos faz uma profunda reflexão sobre este assunto, assumindo que “ (…) Troia nada mais será do que uma designação litteraria dada anteriormente ao seculo XVI ás ruínas"; para afirmar isto, fundo-me em que não são estas ruínas as únicas assim denominadas: no termo de Chaves ha outras ruínas a que se dá o mesmo nome de Tróia.
Em 1960, José Marques da Costa em “Novos Elementos para a localização de Cetobriga diz a propósito deste assunto “ Caiu, há muito tempo, no campo das hipóteses indefensáveis, não sem que, antes, durante séculos, tivesse sido aceite e divulgada como verdade averiguada e incontroversa. Hoje, vergada sob o peso da provecia idade de quase quatrocentos anos - motivo de aparente autoridade! - não passa de sobrevivência dos estudos arqueológicos do Quinhentismo, incipientes, simplistas e falhos de fundamento”.
Regresso, aqui hoje, a uma «Rua da Princesa», assim denominada porque D. Maria, ainda Infanta, rumando ao Pinheiro, ali passou e resolveu desembarcar para conhecer os restos de Latinos, tendo identificado uma zona residencial; e à Tróia da Real Sociedade Archeologica Lusitana, cujo patrocinador, o Duque de Palmela, permitiu que as escavações aí se incrementassem no século XIX, bem como à dos desenhos das mãos do oitocentista Marques da Costa, que, de tão pormenorizados, até quase poderiam ser efabulação, se bem que se tenham vindo a manifestar de enorme rigor.
Regresso ainda, de novo, aqui, às minhas «Memórias de Tróia», retomando um velho tema que foi adiado, mas agora, certamente, enriquecido porque será mais partilhado.
E aos desenhos de grandes caricaturistas portugueses que colaboraram com José Leite de Vasconcellos, certamente porque era mais uma forma de prover o sustento, desenhos esses, a exemplo do da sepultura de Galla, que o Museu de Arqueologia ainda conserva, bem como às primeiras fotografias que a Arqueologia Portuguesa viu, nas mãos de M. Apolinário.
Regressarei outro dia à Tróia do relevo mitraico, esse deus da Luz associado ao Sol, de origem Persa e trazido pelos militares romanos do Império Oriental, que o Cristianismo acabou por banir no século IV d.C. e cujo culto estava associado a um ritual iniciático da morte do touro.
Pensarei, de novo, sim, nesse relevo mitraico de Tróia que, embora sendo o único exemplar em território nacional, andou por destinos perdidos durante décadas e regressarei outrossim ao templo paleocristão.
E às sepulturas tardias de mansae, exemplares também raros de que apenas existe um paralelo em toda a Península, onde deitados os comensais partilhavam com os seus mortos alimentos e vinho com mel.
Regressei, deste modo, à Tróia de poços, cisternas e reservatórios de água, para servir unidades fabris, bem como aos balneários com os seus tanques tépidos e quentes com os seus mosaicos que, alindando o espaço, permitiriam esquecer cheiros fétidos a peixe e dias suados de labor.
Mas voltarei às unidades fabris que parecem não acabar, quilómetros de praia cheios de cetárias, de que ainda se não conhece bem a organização, muito provavelmente polinucleada.
Novos poços e tanques denunciando que o labor não acabava na zona que agora mais "central", que não é senão a ínfima parte de uma cidade ainda por conhecer. Rumarei ao Columbarium, esse lugar de sossego dos mortos que ocupa o espaço já desactivado de fábricas abandonadas e às sepulturas que se vão juntando em seu redor, transformadas as unidades fabris em lugares de solidão, pela crise anunciada de um Império a ruir. Regressei ainda à sepultura em forma de cupa que se implantou junto às termas e pensei na sepultura da Galla, cujo desenho, dos mais belos que já vi, também se encontra no Museu Nacional de Arqueologia.
Mas regressarei ainda a Tróia para ouvir falar do ilustre escritor de origem lusitana, oriundo de Salacia, Cornelius Bocchus, cuja figura estará como pano de fundo no Congresso a realizar em Outubro próximo.
E voltarei a Tróia, ainda, outro dia, para homenagear todos os arqueólogos que por lá passaram, pois o Sítio é como que a História da Arqueologia em Portugal, bem como desejar à nova equipa que através de iniciativa da IMOAREIA/SONAE aí se encontra actualmente a trabalhar na investigação e valorização do Sítio Arqueológico, exortando, desde já, todos os leitores a visitar este local.
E, por ora, terminarei esta crónica com a descrição da visita a Tróia de Hans Christian Andersen, em 1866, que se refere às escavações efectuadas pela Real Sociedade Archeológica Lusitana no local que teve, inicialmente, o patrocínio de D. Fernando e do Duque de Palmela:
«No cais havia grandes barcos de pesca; quem quisesse, podia dar uma volta e visitar a Pompeia de Setúbal - Tróia, a aldeia de pescadores, enterrada mas parcialmente escavada (...). Voltámos para trás, não em direcção a casa mas rumo ao canal para vermos os restos de Tróia, a cidade enterrada na areia. Foi fundada pelos Fenícios; desde então, os Romanos viveram aqui e recolheram o sal da mesma maneira que ainda hoje é usada, tal como o testemunham as grandes ruínas. Em tempos idos, a entrada domar devia ser para leste; a entrada actual foi quebrada por uma grande inundação, que acabou por a bloquear com areia. Os seus habitantes foram todos obrigados a fugir; acredita-se que inicialmente procuraram as montanhas e fundaram a povoação que agora é Palmela, mas mais tarde dirigiram-se para baixo, para a costa, onde fundaram Setúbal, ainda existente. (...) Onde quer que puséssemos o pé em terra, havia grandes pilhas de pedras amontoadas, restos de lastro de navios que traziam as suas cargas de sal para a baía. Desta forma, havia ali pedras grandes e pequenas vindas de todas as artes do mundo - da Dinamarca e da Suécia, da Rússia e também da China. Podia escrever-se uma longa história sobre elas. (...) Tinham começado a fazer uma grande escavação, que parara devido a falta de meios. Não se tinha ganho muito com isso, mas ainda assim podiam ver-se alicerces de casas, vários pátios, muros altos, restos de um jardim inteiro, com uma casa-de-banho parcialmente conservada, um chão de mosaico e paredes com lajes de mármore. Mesmo dentro de água, havia fragmentos e pedaços de jarros antigos e até grandes muros de pedras».
* por Maria Filomena Barata
MYRTIS, 430 a. C
Viveu cerca de 430 anos antes de Cristo, mas ganhou um novo rosto agora, no Século XXI, quase 2500 anos após a morte. Chama-se Myrtis.
Cientistas reconstruíram o rosto de uma menina de 11 anos, que morreu no ano 430 Antes de Cristo. O esqueleto de Myrtis foi descoberto numa antiga vala comum de Atenas, descoberta durante as obras para a construção do metro na capital da Grécia, em 1995.
Agora, 15 anos após a descoberta do esqueleto de Myrtis, juntamente com ossadas de cerca de 150 homens e mulheres, a menina grega ganhou um rosto.
Com recurso a uma tecnologia 3D normalmente usada para conhecer as múmias egípcias, os cientistas recuperaram as feições de Myrtis. "Conseguimos o crânio intacto da menina, com a mandíbula, dentes e até os dentes de leite, o que ajudou na reconstrução", disse Manolis Papagrigorakis, ortodontista e professor da Univsersidade de Atenas.
Manolis Papagrigorakis considera que conseguiram um retrato muito fiel da menina, estimando que se aproximaram 95% das feições reais de Myrtis, que vai ficar exposta em Atenas.
Os cientistas nãos e ficaram pela reprodução do rosto. Quiseram, naturalmente, saber mais sobre Myrtis e os outros 150 esqueletos enterrados na vala comum. Retiraram amostras de ADN e concluíram que morreram de febre tifóide, doença que matou muitas pessoas naquele período.
FONTE: www.jn.pt
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
A COISA PROMETE
Com o título provisório de “Robôs e dinossauros”, a novela vai tratar de arqueologia, tecnologia e terá cenas gravadas no Japão, que também serve de inspiração para a trama.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
MAIO, 78
Este é apenas o retrato de família de uma escavação realizada em Maio de 1978. A foto está colada numa porta do laboratório de restauro do Museu Diogo de Sousa. Gosto particularmente do pormenor do garrafão.
sábado, 11 de setembro de 2010
AINDA SANFINS
O trabalho decorreu durante dez dias, e nesse espaço de tempo, os alunos, sob o comando de Armando Coelho, director do museu e responsável pela exploração e conservação da Citânia de Sanfins, fizeram uma escavação com 88 metros quadrados junto ao marco geodésico. O objectivo: estudar uma casa unifamiliar com particularidades inéditas na acrópole, que, segundo Armando Coelho, "deve corresponder ao século III para II a. C.. É uma casa castreja com bancos de pedra ao redor dos muros e que tinha pelo menos três momentos de ocupação, três sobreposições. Estudámos as duas primeiras e estudaremos a restante numa outra fase", contou.
Além da casa foram ainda encontradas sepulturas de um cemitério medieval cristão que será do século xii, onde foram encontrados carvão e pequenos fragmentos de ossos. "Grande parte dos esqueletos que encontrámos estavam destruídos devido ao facto de a terra nesta zona ser muito oxidada, mas os fragmentos encontrados serão suficientes para definir o género e a idade dos corpos a que pertenceram", esclareceu ainda Armando Coelho. Além destes, os alunos de Arqueologia encontraram ainda no terreno vestígios de ferro e estanho, que indicam actividade metalúrgica.
Para Armando Coelho, estas descobertas comprovam que existiu uma fase de povoamento mais antigo, que remonta ao século iv a. C.. "Há uma fase de ocupação e uma reocupação que já sabíamos que existiu; agora, com esta descoberta, confirma-se a existência de três momentos: o proto-histórico, o romano e a recuperação medieval", frisou.
Segundo Armando Coelho, este "é um achado excepcional, pois foi a primeira vez que encontramos isto em 50 anos". Depois das escavações, o passo seguinte será analisar detalhadamente e realizar um estudo minucioso sobre as descobertas.
A última vez que decorreram escavações foi há 17 anos. Segundo Armando Coelho, isto deve-se ao facto de os trabalhos arqueológicos exigirem "trabalho de campo, investigação de materiais e exposição. Não se pode escavar sem estudar e conservar, e, por isso, depois de um intervalo recomeçamos quando chega o momento oportuno e quando temos condições para suportar o espólio das escavações".
Também António Coelho, vereador da Cultura da Câmara de Paços de Ferreira, reforça esta necessidade de se criar condições para guardar os resultados das escavações: "Fomos canalizando recursos financeiros para aumentar o nosso espaço de Museu e para criar o Centro de Arqueologia, e assim que reunimos as condições para retomar as escavações, foi o que fizemos".
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
O OURO DE SABARÁ
Dando sequência a uma tradição luso-brasileira, o dr. Reginaldo Barcelos defendeu hoje a sua dissertação de mestrada na sala de reuniões da FLUP, com o júri a ser presidido pela prof. doutora Teresa Soeiro. "Derreter o Ouro, Apurar as Técnicas: Arqueologia da Metalurgia na Casa de Fundição e Intendência de Sabará, Minas Gerais/Brasil (1751-1833)." , foi o tema da sua tese. Para além do júri estive presente eu e um amigo do arguente. Gostei da dissertação e também da crítica que se seguiu. Só temos a aprender se em vez de ficarmos no bar a beber cerveja optarmos por acompanhar estes momentos especiais na vida de um estudante.
O BATISTÉRIO DE TORRE DE PALMA
domingo, 5 de setembro de 2010
SERÁ QUE ISTO TEM EMENDA?
Durante esas xornadas, estudantes como Álvaro dedican “entre 8 e 9 horas ao día, dependendo da calor”, ás escavacións arqueolóxicas nas que participan “en calidade de voluntarios”. É dicir, sen ver nin un só euro polo seu esforzo. Non obstante, “paga a pena por que conta como experiencia”, sinala o mozo coruñés, que no futuro desexaría intentar seguir escavando durante a carreira para logo poder dedicarse “profesionalmente” á arqueoloxía.
A REALIDADE DO SECTOR
Malia ao sinalado anteriormente, no mundo real un arqueólogo é moi diferente da idealizada figura do aventureiro casanova descubridor de tumbas antigas. En Galicia, como indica un estudo desenvolvido polo Consello Superior de Investigacións Científicas (CSIC), no ano 2007 –momento de máximo auxe da disciplina arqueolóxica– levábanse a cabo arredor de 800 actuacións ao ano, reducíndose paulatinamente dende ese momento por efecto da crise económica.
E é que a crise afectou duramente o mundo da arqueoloxía porque, ao contrario do imaxinario popular, o arqueólogo pasa máis tempo escavando na localización de futuras autoestradas e edificios que en igrexas e castros.
No país existen 22 compañías dedicadas á arqueoloxía comercial, deixando Galicia no sexto lugar do ranking nacional. A maioría dos clientes desas pequenas empresas –cuxa facturación media bascula entre os 10.000 e os 75.000 euros por exercicio– son compañías construtoras e de infraestruturas, seguidas de lonxe polas administracións públicas.
Na actualidade, o problema principal destas empresas arqueolóxicas é que “ao afundirse as empresas privadas de construción, estanse a afundir as empresas de arqueoloxía”, segundo Eva Parga, coordinadora do estudo do CSIC sobre as empresas de arqueoloxía comercial. “Pero non é o único que está a afectar ao sector, xa que a desregulación está a afectar o sector case tanto como a crise. Cada comunidade ten a súa propia lexislación, o que impide unha homoxeneidade en aspectos tan importantes como normas, horarios, prezos...”, sinala Parga.
DE ARQUEÓLOGO A INTERIORISTA
Mentres tanto, nos traballadores do sector fura o pesimismo. Así, Víctor Tomás, da empresa coruñesa AXA, reafirma as palabras de Eva Parga, sinalando que “o baixón na construción civil está afectando moito ao sector”. Moito máis pesimista se mostra Ángel Rodríguez, de Archeo Atlántica S.L., que afirma que “a nosa empresa está composta só por min e o meu socio, o que fai que a empresa vaia tirando, pero no mundiño a xente está deixando a arqueoloxía para empezar a traballar no Ikea, cansos de estar puteados traballando por 900 euros”. Ademais, Ángel laméntase dos defectos da formación que reciben na universidade os futuros arqueólogos. “Cando rematas a carreira non sabes escavar, nin sabes bucear –fundamental para os arqueólogos submariños– nin sabes de nada. Tes que ir fóra a buscar a vida, traballando como voluntario, ou por 500 euros, ou loitar por unha bolsa, como fixen eu”, engade Rodríguez.
Na liña do representante de Archeo Atlántica manifestase Andrés Bonilla, de Prospectiva y Análisis Arqueológicos S.L, PyA Arqueólogos, que recomenda a calquera arqueólogo que teña posibilidade de acceder a un posto de traballo fixo que “abandone a arqueoloxía e o acepte, independentemente do sector do que se trate”. Bonilla afonda neste tema, engadindo que un dos principais males do sector é o da “precariedade”. O voceiro da empresa de arqueoloxía indica que no mundo da arqueoloxía “excepto, claro, os funcionarios e 10 ou 12 persoas fixas, todo o mundo traballa baixo a formula do contrato de obra, que pode ser dun mes, dous meses, tres meses...”. Bonilla chega a afirmar que “no meu caso, se me saíse un traballo fixo, deixaría, sen dúbida de ser arqueólogo”.
E todo iso a pesar de que dende hai algo menos de dous anos Galicia conta cun convenio laboral que regula o labor do arqueólogo profesional –o segundo do Estado tralo catalán, algo que viñan demandando os arqueólogos dende hai moitos anos–, tratando aspectos como o das xornadas laborais. E é que no mundo da arqueoloxía, como no mundo imaxinario das películas de Indiana Jones, non é ouro todo o que reloce.
in http://www.xornal.com/artigo/2010/08/31/cultura/cambio-escavacion-ikea/2010083100194600320.html
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
SANFINS
Escavações na Citânia de Sanfins
As escavações vão realizar-se entre os dias 30 de Agosto e 10 de Setembro. Lideradas pelo Professor Doutor Armando Coelho, com a colaboração da Dra. Maria José Lobato e do Dr. António Baptista Lopes, as escavações estão de volta dezassete anos depois.No último dia realiza-se uma sessão de encerramento no Centro de Arqueologia Castreja e Estudos Célticos, no Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins.
Os cerca de 20 alunos do Curso de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto irão escavar a zona junto ao marco geodésico, próximo do cemitério medieval descoberto nas antigas escavações. Os voluntários interessados podem também participar na iniciativa.
Francisco Martins Sarmento e José Leite de Vasconcelos escavaram pela primeira vez a Citânia em 1895. A Estação Arqueológica foi, mais tarde, investigada pela equipa de arqueologia da Faculdade de Letras do Porto, sob a orientação de Armando Coelho. A última intervenção ocorreu em 1993.
A Citânia de Sanfins recorda a cultura castreja do Noroeste peninsular e da Proto-história europeia. A visão panorâmica sobre a região de Entre-Douro-e-Minho terá sido factor estratégico para o desenvolvimento do povo da região.
IN: IMEDIATO, JORNAL REGIONAL
NO VERÃO É SEMPRE A ESCAVAR!
Mais um verão de escavações, espalhadas um pouco por todo Portugal onde mais uma vez os alunos de arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto não poderiam deixar de estar presentes.
A dica é... meia dúzia de trocos nos bolsos de mochila as costas e aqui vamos nós!
As fotos são muitas, as memorias e amizades muitas mais, mas o que conta é mesmo a experiência e conhecimento que se adquire com as mais variadas equipas e períodos cronológicos.
Entre baldes de terra, colherins e boas conversas o passado é destapado e entregue ao futuro.
Para o ano há mais!
Fica aqui uma pequena lista de escavações e prospecções por onde passaram alguns membros do G.A.P neste ano de 2010.
Barragem de Ranhados, Meda
Castanheiro do Vento, Freixo de Numão
Maia, Cr Barroso
Campo arqueológico de Mértola
Citânia de Sanfins, Paços de Ferreira
Mondim de Bastos
Vila Romana da Coriscada, Meda
Grandes limitações nos serviços de apoio aos visitantes Museu do Côa com grande afluência apesar dos problemas
Até ao final da manhã da passada quinta-feira, já tinham passado mil visitantes pelo Museu do Côa, que abriu no passado dia 30 de Julho. Cada entrada custa cinco euros. A afluência tem sido grande, com uma média de mais de 200 pessoas por dia, superando as melhores expectativas.
Mas, como o PÚBLICO pôde constatar no local, alguns visitantes ficam surpreendidos por encontrarem um museu ainda com grandes limitações no seu funcionamento. O restaurante continua fechado (no concurso que foi aberto, não apareceu nenhum interessado na exploração, devido ao elevado preço pedido para a sua concessão) e o bar também. Apesar do calor, não é possível comprar sequer uma garrafa de água. Há sistemas de apoio ao visitante, como a utilização de áudio-guias, ainda por estrear e o serviço do museu está a ser assegurado pelos mesmos funcionários que já trabalhavam no Parque Arqueológico. A vigilância de salas e outras tarefas são asseguradas por arqueólogos, guias e desenhadores, com prejuízo para o trabalho de campo...
Mais em: http://www.publico.pt/Cultura/museu-do-coa-com-grande-afluencia-apesar-dos-problemas_1450702
IN: JORNAL "O PÚBLICO"
sábado, 28 de agosto de 2010
ESCAVAÇÕES DE VERÃO
Fronteira (Filipe Macedo)
Sanfins (Sílvia Maciel)
sábado, 21 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
OUTEIRO DOS MOUROS
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
PERDIGÕES
publicado por ANTÓNIO VALERA no facebook